O nosso corpo é como um carro híbrido flex, pode gerar energia de diversos combustíveis (ou fontes). Mas devido a nossa alimentação, mais da metade da população não consegue produzir energia da gordura, por isso é tão difícil perder os chamados “pneuzinhos” e por isso também que aquelas dietas malucas muitas vezes não funcionam. Seu corpo biologicamente parou de quebrar gordura.
No livro “The Energy Paradox” (sem tradução ainda, mas aguardem que vem resumo), o dr. Steven Gundry explica que temos 3 tipos de combustíveis para produzir energia:
Glicose, através de açúcares e carboidratos)
Aminoácidos, através das proteínas
Ácidos graxos e “ketones”, através das gorduras
Essa capacidade de conseguir produzir energia de diversas fontes é chamada de Flexibilidade metabólica.
Porém, o corpo consome esses combustíveis sempre nessa ordem. Primeiro, glicose, depois aminoácidos e depois ácidos graxos e ketones.
O que acontece é que as mitocôndrias (que são responsáveis por produzir nossa energia se você não lembra das aulas de biologia) são muito parecidas com nós, elas possuem memória curta.
Se você passa o dia comendo glicose (pão, fruta, docinho, refrigerante, bolachinha,..), o seu corpo basicamente aprende a quebrar a glicose, mas passa pouco tempo quebrando as outras fontes de energia.
Com o tempo elas basicamente esquecem como faz isso. Você fica metabolicamente inflexível, ou seja, incapaz de quebrar a gordura.
Você pode tentar o que quiser, exercícios, jejum, dieta, mas o seu corpo não sabe como pegar a gordura armazenada e produzir energia. Você fica cansado e com mais fome (o corpo vai gritar por glicose).
Segundo o vídeo do dr. Gundry (abaixo):
50% das pessoas normais são metabolicamente inflexíveis, 88% das pessoas acima do peso são e 99% das pessoas obesas são inflexíveis.
O que faz sentido, porque o corpo só armazena gordura e não sabe mais como usá-la.
Mas a parte mais alarmante não é essa.
Enquanto você dorme (momento que fica sem comer), seu corpo fica sem estoque de glicose. Normalmente, ele produz “ketones” com a quebra da gordura para fornecer energia para o seu cérebro (que continua bem ativo).
Se você é metabolicamente inflexível, seu cérebro fica sem energia e, consequentemente, alguns neurônios morrem. No longo prazo, isso leva a doenças degenerativas.
Por isso é super importante se preocupar com a alimentação desde já.
Assista ao vídeo e fique ligado porque daqui a pouco postarei um resumo do livro explicando como reverter esse processo, para você voltar a ser metabolicamente flexível.
Outros Highlights do vídeo:
Ketones não torna a mitocôndria mais eficiente, pelo contrário. As ketones preparam as mitocôndrias para o pior cenário. Com isso, elas tiram o pé do acelerador porque produzir energia é desgastante e começam a se multiplicar, mais mitocôndrias é menos trabalho para cada uma. Ou seja, o jejum torna a produção menos eficiente por mitocôndria, mas gera mais mitocôndrias. Por isso, a máxima eficiência está em achar um ponto ótimo de jejum.
Leite de cabra e ovelha (e seus derivados) possuem MCT oil, o que explica porque os povos que consomem muito desses produtos vivem mais. Mais ketones, mais “mitocôndrias desacopladas”, mais longevidade.
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