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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

Uma das formas mais utilizadas para aprender algo é a repetição. Faça a mesma atividade tantas vezes que ela se tornará automática. Usamos essa estratégia para melhorar nosso físico, nossa memória e também em várias atividades do dia a dia.

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O nosso cérebro armazena as informações para que no futuro possamos fazer as atividades gastando menos energia, ou seja, pensando menos para executar a mesma tarefa. O cérebro procura a eficiência.


Lembra quando você aprendeu a dirigir? Era mentalmente cansativo. Você prestava atenção nos retrovisores, lembrava de colocar o cinto, ajustava a altura do encosto, mexia no câmbio (cringe essa hein) e só então dava a partida do carro.


Hoje em dia você faz tudo automaticamente. Muitas vezes, nem sabe o que está fazendo.


Para muitas tarefas, esse mecanismo eficiente do cérebro realmente nos ajuda, tomamos tantas decisões no dia que se preocupar com o retrovisor seria desperdício de energia.


Mas para outras atividades, o piloto automático pode ser uma grande cilada.


Ficamos tão automatizados que perdemos o senso de propósito, perdemos a intencionalidade.


Repetimos as mesmas atividades no trabalho sem conseguir olhar de forma crítica e sugerir uma melhoria ou sem questionar se a atividade ainda faz sentido. Relatórios que foram feitos para uma área que já mudou totalmente de escopo e nem precisa mais da informação, por exemplo.


Repetimos a mesma rotina com nossos filhos, sem perceber que eles cresceram e deveriam aprender a fazer por si mesmos, como comer sozinho, tomar banho, fazer a própria higiene.


Repetimos porque é cômodo, porque faz parte da rotina.


O piloto automático economiza energia enquanto ir contra o automático consome mais energia.


É desconfortável, é chato, é cansativo, mas é necessário.


Precisamos sempre pisar no freio para sair do piloto automático e refletir sobre nossas atitudes.


Estamos fazendo as coisas por comodidade ou porque realmente é necessário?


Pise no freio. Questione-se e seja intencional.


 
 
 
  • 4 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

No meio da Guerra Fria, o governo americano pediu ajuda aos pesquisadores do MIT para encontrar quais eram os parâmetros que definiam projetos bem-sucedidos. O que diferenciava uma boa equipe de uma equipe ruim. Isso seria de extrema importância para a corrida armamentista e espacial.

Consequência negativa do home office

O professor Thomas J. Allen, então, coletou diversos dados de equipes bem sucedidas e de todas as variáveis imagináveis, apenas um fator foi considerado determinante para o sucesso dessas equipes: a distância entre as mesas de trabalho.


“Algo tão simples quanto o contato visual é muito, muito importante, mais importante do que se pode imaginar. Se você pode ver os outros ou mesmo a área onde trabalham, você se lembra deles e isso gera uma série de efeitos.”, disse Allen.


The Allen curve

Com isso, ele criou a curva de Allen, que mostra o nível de interação das pessoas dependendo da distância entre elas. Acima de 50 metros, a comunicação praticamente acaba e abaixo de 6 metros a frequência dispara. Você conversa mais, tira mais dúvidas e até manda mais emails para as pessoas que estão fisicamente próximas.


E essa comunicação, que muitas vezes não tem a ver propriamente com trabalho, é importante para criar algo que não estamos dando muita atenção: CONEXÃO.

A pandemia trouxe vários desafios para as pessoas e para o mundo corporativo. Uma delas foi o trabalho remoto. A maioria das empresas foram obrigadas a se adaptarem e a implementaram o Home office.


Por um lado, caiu o mito de que pessoas trabalhando em casa diminuiriam a produtividade. Talvez, essa produtividade até aumentou em alguns lugares.


Mas por outro lado, estamos perdendo a conexão entre as pessoas.


“Usamos sinais muito antes de desenvolvermos a linguagem, e nosso cérebro inconsciente está totalmente sintonizado com determinados tipos de comportamentos” Daniel Coyle
Seres sociais e home office

Somos seres sociais, o cérebro primata aprendeu com a evolução formas de confiar em determinadas pessoas através dos sinais que elas transmitem, principalmente para se proteger daquelas que não são confiáveis. Por isso, estamos o tempo todo capturando sinais que aumentam ou diminuem o nível de confiança que temos sobre outra pessoa.


Esse nível de confiança é essencial para criar equipes de alto desempenho, principalmente equipes criativas. Isso é o que está por trás da curva de Allen.


A conexão é construída aos poucos. Não por reuniões infinitas que fazemos com as pessoas, mas por pequenas coisas do dia a dia.


Um bom dia, uma ajuda com a máquina de café, uma gentileza para segurar a porta do elevador, uma piada para distrair, um chocolate de presente após o almoço. São essas pequenas deixas comportamentais que criam uma equipe forte, uma equipe que confia em seus integrantes.


E são todas as situações que acabamos excluindo com o home office.


Talvez conseguiremos criar outras formas de gerar esses laços, talvez a tecnologia consiga de alguma forma aumentar esse nível de interação. Ou talvez, aprenderemos a trabalhar melhor remotamente, sem reuniões atrás de reuniões.


Ou talvez não.


E aí o home office pode ser um tiro no pé, pode não funcionar, pois esse elo de ligação, conforme mostrado pelas pesquisas de Allen, é muito mais importante do que habilidades e experiências individuais para criar equipes de alto desempenho. É um elo que não pode ser perdido.


Uma última observação. A proximidade física entre as pessoas é condição para criar a conexão entre elas, mas não irá garantir que ela ocorra.


Se as pessoas do grupo não estão predispostas a criarem um grupo forte ou as condições não são propícias (cultura e liderança), daí o home office pode inclusive ser mais produtivo, porque de qualquer forma não existirá conexão forte entre a equipe e cada um faz o seu próprio trabalho.


Seja lá quais forem as condições, precisamos refletir sobre os efeitos do Homeoffice.

Livros para os questionadores:


Ler mais livros é compartilhar conhecimento.


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Cultura organizacional, empreendedorismo, valores e missão de vida, reflexões e autoconhecimento. Junho deu para aprender e pensar sobre muitas coisas. Espero que desperte o seu interesse por alguns desses ótimos livros. Boa leitura!


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Equipes Brilhantes (Daniel Coyle)



Cultura é talvez um dos temas mais difíceis de se tratar em uma empresa, mas também é um dos mais importantes, se não o mais importante. Como construir culturas organizacionais fortes, que incentivem uma alta motivação ou um ambiente criativo?

Conversando e vivenciando o dia a dia dos melhores times do mundo (SEALS, Google, Pixar, Zappos,...) , Daniel Coyle chega em 3 habilidades essenciais para criar equipes brilhantes:


  1. Construir Segurança

  2. Compartilhar Vulnerabilidades

  3. Estabelecer Propósitos

Muito recomendado para quem quer se tornar um líder melhor e essencial para empreendedores e CEOs.


A Fórmula do lançamento (Jeff Walker)


Um dos livros mais importantes para quem pensa em criar novos produtos. O passo a passo para lançar algo novo, que consiste não apenas na elaboração do produto, mas sim em como envolver o seu público, agregando valor e preparando-o para o grande lançamento.

Livro obrigatório para empreendedores, principalmente, se for vender conteúdo online.




The Buddha and the Badass (Vishen Lakhiani)

Diferente do seu livro anterior “O código da mente extraordinária”, esse livro é voltado mais para empresas e para o CEO. Como incorporar os seus próprios valores e a sua visão na cultura da empresa pode ser a linha divisória entre o sucesso e o fracasso da sua empresa.

A partir do momento em que essas coisas estão alinhadas, você une o Buddha com o Badass e passa a buscar algo maior com fulfillment.

Com alguns exercícios práticos, Vishen mostra como ele encontrou os seus próprios valores e sua visão, transformando a sua empresa (Mindvalley) a beira da falência, sediada na Malásia em um empresa global multimilionária.


Meditações (Marco Aurélio)



Reflexões do imperador romano Marco Aurélio, provavelmente escrito entre os anos 170 e 180, trata de temas filosóficos que até hoje são relevantes e deveriam fazer parte da nossa reflexão diária.

É impressionante pensar que depois de 1.850 anos ainda temos as mesmas preocupações e pensamentos. Algumas frases, inclusive, resumem os meus posts “Os 7 tweets que deixaria para os meus filhos”. Muita loucura!

Algumas lições do livros:


  • Seja intencional: “Primeiro, não faça nada irrefletidamente, nem sem um propósito.”

  • A vida é curta, no final todos viraremos pó, seja bom: “Não faça como se você fosse viver dez mil anos. A morte paira sobre você. Enquanto vive, enquanto está em seu poder, seja bom.”

  • Esteja presente: “Você esqueceu que todo homem vive apenas o tempo presente, e perde apenas isso.”

  • Foque no seu jogo: “Cumpro o meu dever; outras coisas não me perturbam; porque ou são coisas sem vida, ou coisas sem razão, ou coisas que divagaram e não entendem o caminho.”

  • Mentalidade: “Se uma coisa é difícil de ser realizada por você mesmo, não pense que é impossível para o homem: mas se alguma coisa é possível para o homem e conforme a sua natureza, pense que isso pode ser alcançado por você também.”

Ler mais livros é compartilhar conhecimento.


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