“A Startup de $100” Chris Guillebeau

O comércio sempre existiu, mas a rapidez, o alcance e a conexão que você pode criar hoje em dia mudou muito. O que possibilitou uma nova revolução, a revolução dos micronegócios.

Pequenas startups, que começam geralmente com uma pessoa ou um casal, com baixo investimento, sem o objetivo de se tornar o próximo unicórnio, ou inventar a próxima grande inovação, mas com o objetivo de ter liberdade.

Conseguir uma renda que pague as contas sem precisar cumprir regras de RH, cronogramas de scrum master, sem precisar fazer relatórios que ninguém lê ou ir em reuniões que não levam a lugar nenhum.

Um negócio seja ao mesmo tempo rentável e seja algo ligado à sua paixão.

O livro explora cerca de 1.500 micro empresários entrevistados que resolveram se arriscar e criar o próprio negócio, como o autor diz, na vibe “Vamos ver no que dá.”

Muitas vezes, são pessoas que quando começaram nem sabiam muito o que iria virar o negócio, mas tiveram a coragem de tomar uma ação. E essa é a talvez a lição mais importante do livro.

O autor mostra como tentar encontrar um produto ou serviço unido as suas habilidades e sua paixão em algo que entregue valor e resolva o problema de alguém.

“Você não é pago pelo seu hobby, você é pago para ajudar as pessoas a se dedicar ao hobby ou a uma atividade indiretamente relacionada.”

Com muitos exemplos de pessoas que largaram o emprego convencional ou abriram algo como um plano paralelo, ele mostra como elas encontraram o mercado onde atuam. O que é bem interessante para ter como modelo do seu próprio negócio.

Após a descoberta do seu público e as necessidades que precisam ser atendidas. Chris mostra como lançar seus produtos e alavancar as suas vendas para que a ideia se torne algo rentável. Pois, apesar de ser micro empreendedor, todos temos contas à pagar.

E por fim, após o negócio se estabilizar as decisões que você precisa tomar. Aumentar o negócio, contratar mais pessoas, fazer uma franquia de você mesmo e até manter o negócio pequeno.

Uma leitura que vale muito a pena para aqueles que possuem uma ideia na cabeça, mas ainda não encontraram coragem para começar ou para aqueles que, assim como eu, começaram e ainda estão nessa jornada maluca e libertadora.

Boa leitura!

“O seu tempo é limitado, então, não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa.” Steve Jobs

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Seguem os principais insights do livro para você saber o que te espera:

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“Os 4 Compromissos” Don Miguel Ruiz

“A felicidade é uma escolha, e o sofrimento também.”

Don Miguel Ruiz traz todo o conhecimento da cultura Tolteca para mostrar como a humanidade sofre por estar sob influência de “parasitas” mentais e como podemos ser mais felizes adotando esses 4 compromissos.

Com uma abordagem um tanto quanto mística, Don Miguel fala que todos nós vivemos em um mundo de sonhos (Já assistiram Sandman? rs). A maioria das pessoas, porém, vive num sonho do inferno e não consegue enxergar que existe um sonho do paraíso.

Se não acredita no misticismo, tente abstrair essa parte, porque os 4 compromissos abordados podem ser realmente poderosos.

Somente o fato de termos consciência de como eles impactam a nossa vida e o quanto de energia gastamos por não entendê-los, já vale a leitura.

Veja o resumo visual com os principais pontos do livro:

O livro começa mostrando que toda criança nasce realmente livre. Ela não julga ninguém, muito menos ela própria, tem a própria forma de pensar e agir.

Porém, com o tempo, os pais e a sociedade vão moldando essa liberdade, definindo como a criança deve se comportar, como deve prosseguir na vida e como ela deve sonhar.

Cria-se, então, 3 figuras internas que irão guiar a criança pelo resto da vida e prendê-la no sonho do inferno: O livro de leis, O Juiz e A vítima.

Eles são os responsáveis por controlar todas as ações das pessoas, são os parasitas mentais.

Sempre que saem da linha, fazem algo fora do livro das leis, O Juiz interno os pune e a vítima aceita, pois sabe que fez algo errado.

“Em toda a sua vida, ninguém abusou mais de você do que você mesmo.”

Criamos compromissos baseados no medo. Medo de ser julgado, de não ser aceito, de não merecer o respeito, de não atender as expectativas. Tudo isso gera sofrimento.

Para sair desse sonho, Don Miguel sugere adotarmos 4 compromissos:

1. Seja impecável com a sua palavra

2. Não leve nada para o pessoal

3. Não faça suposições

4. Faça sempre o seu melhor
   

Seja impecável com a sua palavra

A palavra tem um poder gigantesco. Tome muito cuidado como você usa suas palavras, principalmente com crianças (leia o post Cuidado para não falar B.O.S.T.A.).

E tenha consciência das palavras que você usa com você mesmo.

Essas palavras são extremamente poderosas, pois elas ficarão se repetindo por muito tempo até você acreditar que é a verdade.

Use suas palavras na direção da verdade e do amor próprio.

Não leve nada para o pessoal

É impressionante o quanto de energia gastamos porque levamos as coisas para o lado pessoal.

Cada pessoa vive no seu próprio mundo, no seu próprio sonho. Geralmente, uma pessoa fala algo para você sem saber o mínimo da sua vida, do seu mundo e dos demônios que te cercam.

Não gaste seu tempo e energia mental absorvendo o que os outros falam. Tenha senso crítico para saber o que vale a pena e descarte o resto.

Lembre-se que o mundo não gira ao seu redor. Cada um está vivendo a própria vida da forma que acha correta e não necessariamente as coisas se convergem.

Não faça suposições

Esse é outro ponto onde perdemos muita energia, pois gera muitos conflitos desnecessários. Tendemos a fazer suposições sobre tudo.

Achamos que todos vivem no mesmo sonho que nós e pensam como a gente. O que é um grande erro,

Pare de fazer suposições. Pergunte sempre que ficar em dúvida e deixe claro tudo o que te incomoda.

Faça sempre o seu melhor

Faça o trabalho pelo trabalho, sem esperar recompensas. Se você está fazendo o trabalho pela recompensa, você não está fazendo o seu melhor.

Quando encontrar algo que goste de fazer sem precisar ser recompensado, irá fazer sempre o seu melhor, então irá realmente curtir a vida, expressar verdadeiramente que você é.

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Torne-se um guerreiro tolteca absorvendo e adotando esses 4 compromissos. Um guerreiro, segundo Don Miguel, possui o controle total das suas emoções e, portanto, sobre o seu próprio comportamento.

Tenha consciência de quem você realmente é, e de como foi “domesticado” a pensar. Esse é o caminho da liberdade pessoal.

Lembre-se que a felicidade é uma escolha, e o sofrimento também.

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Para mais resumos: lermaislivros.com/livros

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“As Armas da Persuasão” Robert B. Cialdini, Ph.D.

Nas férias, fomos conhecer um parque aquático no interior de São Paulo. Chegando lá, fomos abordados por pessoas dispostas a nos ajudar e querendo nos vender um título de sócio do parque. Não aceitamos o convite, mas discutindo posteriormente com pessoas próximas, vi que apenas o fato de conhecer técnicas de persuasão pode te ajudar muito na tomada de decisões.

Por isso, o livro “As armas de persuasão”, de Robert Cialdini é uma leitura obrigatória não só para aqueles que trabalham com vendas e marketing, mas para todos aqueles que querem melhorar o seu processo decisório e não cair nas armadilhas dos vendedores.

Gostei do exemplo do parque, porque a estrutura de vendas foi feita pensando em todos os pontos citados no livro, resumindo de forma prática como o nosso comportamento funciona.

O cérebro humano herdou dos animais a capacidade de criar “atalhos mentais” que nos ajudaram a sobreviver ao longo dos anos. Formas de gastarmos menos energia mental para chegar em conclusões de forma mais rápida.

Se o galho mexer do seu lado, é melhor assumir que existe uma cobra e ficar atento do que assumir que é um coelho e morrer com uma picada.

Cialdini chama isso de mecanismo CLICK-ZUM. Uma ação (click), gera um comportamento reativo (ZUM) sem nem mesmo percebemos.

No final, tomamos decisões na vida influenciados por vários motivos, nem sempre muito racionais, porque os vendedores e o marketing aprenderam a usar as armas para alavancar as suas vendas.

No parque, tudo começa com um crédito de R$100 para você gastar, sem nenhum compromisso de fechar o negócio. Uma arma chamada RECIPROCIDADE. Tendemos sempre a retribuir algum favor feito, quase que uma obrigação. Muitas vezes retribuímos em valores muito maiores do que nos foi dado, como comprar um título do parque.

Depois, eles nos levam a uma sala VIP. Ao colocar o pé na sala, você se comprometeu (COMPROMISSO E COERÊNCIA), tendemos a agir de forma coerente com o que nos comprometemos, se entramos numa sala para negociar, iremos negociar (mesmo não precisando). A decisão de compra praticamente foi tomada nesse instante, mesmo sem sabermos.

Então muito provavelmente terá algo para você comer e beber. AFEIÇÃO. Gostamos de pessoas e coisas quando estamos tendo uma sensação boa, por exemplo, quando estamos comendo algo gostoso. E o vendedor irá falar com você, mostrando número e estatísticas sobre as vantagens de fechar um negócio. Bem vestido, ele passará uma percepção de uma AUTORIDADE, pois na dúvida, sempre vamos ouvir autoridades.

No meio da negociação, a mesa do lado fecha a compra. Gritos de alegria e um champagne aberto. A APROVAÇÃO SOCIAL, tendemos a ficar confortáveis quando a seguimos o comportamento do grupo, achamos que é adequado o comportamento quando vemos semelhantes agindo de forma parecida. Se alguém fechou, deve ser um bom negócio.

Quando você está 90% certo de que irá fechar, o vendedor irá falar que o seu prazo está esgotando, conforme as pessoas ao seu redor vão abrindo outros champagnes, a chance de você perder uma ótima oportunidade vai diminuindo, é melhor se apressar ou ficará sem o seu champagne. A ESCASSEZ. Nessa hora, você está mais que convencido de fechar o negócio.

O mais interessante é que grande parte da influência você pode nem ter percebido. Existe pouca parte racional na sua decisão de compra.

No final, somos mais influenciados pelo meio do que temos consciência e muito mais do que gostaríamos e admitimos.

Essa situação não é exclusiva de vendas de títulos. Ela acontece na grande maioria das vezes, nem sempre com todas as armas.

Na fila do mercado ou do xerox, para acordar termos de um projeto, para comprar um eletrodoméstico, para comprar um carro usado, um imóvel e até na decisão do seu tratamento de saúde.

Na vida, é impossível não sermos influenciados por esses fatores, mas estar atento e consciente de como eles nos influenciam, com certeza, irá melhorar o nosso processo decisório.

Por isso, leia o livro. Além da explicação que coloquei no resumo de cada arma, o autor mostra experimentos científicos que comprovam a influência no nosso comportamento e exemplos práticos de quando caímos nessas armadilhas.

Boa leitura e boas decisões!

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