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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

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  • 8 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

A notícia que abalou o mundo do futebol essa semana foi a saída de Lionel Messi do Barcelona. Mesmo querendo ficar e aceitando um corte de 50% no salário, o time catalão teve que cortá-lo da folha de pagamento. Nem o Messi, que é o Messi, um dos melhores da história (senão o melhor), estava seguro no seu emprego. Imagine você!

Nem Messi conseguiu

Isso nos leva a uma reflexão que precisa ser feita sobre “carreira”.


No livro "Antifrágil", Nassim N. Taleb explica que Antifrágil, o oposto de frágil, não é algo resistente ao estresse, mas algo que com o estresse tende a melhorar em vez de quebrar. Ou seja, algo que se beneficia com o estresse.


Para exemplificar o conceito, ele compara o emprego de dois irmãos, um é funcionário de um grande banco e o outro taxista.


À primeira vista temos a impressão que o irmão que trabalha no banco tem um emprego menos “frágil”, o que é uma doce ilusão.


Apesar de ter um salário mensal garantido e mais benefícios, a aparente estabilidade é frágil. Pois a sua renda total depende exclusivamente de um único agente, o banco no caso. Se acontecer o que ele chama de evento “Cisne Negro” (algo imprevissivel e de alto impacto) como a falência ou mesmo necessidade de redução da folha (como no caso de Messi), o nosso amigo bancário acab perdendo totalmente a sua renda, tende ao risco de falência.


Claro, que no caso de Messi, choveu propostas de outros clubes. Mas se você não for o Messi e já estiver com uma idade mais avançada para o mercado, pode ser que você não tenha tanta “sorte” como o argentino.


No lado oposto, o irmão taxista parece que sempre vive com o imprevisível, com uma renda totalmente variável, tem meses que o dinheiro sobra e outros que o dinheiro falta.


Mas essa imprevisibilidade faz com que ele se adapte para sobreviver. A renda é pulverizada em vários clientes, o que o torna menos suscetível a um cisne negro (a pandemia com certeza foi um que pegou em cheio os dois irmãos). Com feedbacks constantes sobre o comportamento dos clientes, ele consegue ir se adaptando, ou seja, é antifrágil.


“Um tem a ilusão de estabilidade, mas é frágil; o outro, tem a ilusão de variabilidade, mas é robusto e até antifrágil. Quanto mais variabilidade você observar em um sistema, menos sujeito ao Cisne Negro ele será” Nassim N. Taleb

O grande ponto aqui é que precisamos nos questionar sobre quão frágil é a nossa condição.


Depender apenas de uma fonte de renda é cada vez mais arriscado. Você precisa pensar em diversificar a sua renda, seja com investimento que entreguem renda passiva, seja com projetos paralelos.


E projetos paralelos não vão surgir do dia para a noite. Muitas pessoas acabam se tornando empreendedoras somente depois de serem demitidas, mas da mesma forma que a pressão financeira pode ser uma motivação, também é um pesadelo que pode tira o sono.


Por isso, comece a pensar em um plano B ou plano C enquanto tem uma certa previsibilidade financeira.


Porque estabilidade no emprego é algo que não existe mais, nem Messi, que é o Messi conseguiu.

 
 
 
  • 4 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

O clima das Olimpíadas é sempre muito empolgante. Muitas histórias de realizações de sonhos, empenho e superação. Mas não compare tudo isso com a vida real, porque pensar a vida como um esporte prejudica a sua tomada de decisão.

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Estamos totalmente condicionados a comparar nossas atividades com um esporte, basta ver quantos slides motivacionais existem com atletas e quantos ex-atletas viram palestrantes empresariais.


Não estou falando que eles não possuem nada para nos ensinar. Acho que as melhores pessoas para nos espelharmos quando pensamos em mentalidade são os atletas.


A grande falha em comparar a vida com o esporte é quando ficamos focados em resultados. Começamos a achar que decisões boas geram resultados bons. Avaliamos o desempenho do “atleta” pela medalha que ele conseguiu.


Mas a vida, diferente de alguns esportes, não consegue isolar um fator crucial: o acaso.


Desempenho está tão atrelado com resultado, que quando pensamos em desassociar um do outro soa muito estranho, quase maluco. Mas é isso que devemos fazer.


Em um dos melhores livros a respeito, “Thinking in bets”, de Annie Duke, ela comenta com ela ensina o que ela aprendeu com o poker para empresas (falei que eles têm muito a transmitir). Uma das dinâmicas, ele explica o processo decisório de uma mão que ela jogou e não fala como a rodada terminou. Nesse momento, os participantes se desesperam. “Como assim? Você ganhou ou perdeu? Qual carta virou no final?”.


E a resposta de Annie Duke é “Não importa! O que importa é a decisão que você tomou com as informações que você tinha no momento.”


“O que torna uma decisão ótima não é que ela tenha um ótimo resultado. Uma grande decisão é o resultado de um bom processo, e esse processo deve incluir uma tentativa de representar com precisão nosso próprio estado de conhecimento” Annie Duke

Isso sim está mais próximo da vida real. Não conseguimos isolar o acaso, a vida não tem um juiz apitando impedimento, não tem uma chance de pedir desafio para ver se a bola foi para fora de verdade, não tem uma faixa indicando o caminho da corrida.


A vida é um caos e no caos, o acaso é rei.


Por isso, precisamos desassociar o resultado da qualidade das nossas decisões. Algo extremamente complexo.


“O valor de uma ação não é medido pelo seu sucesso ou fracasso, mas pela motivação por trás dela.” Dalai Lama

Como fala um texto hindu: “Quando agimos sem apego aos resultados, então nossas mentes permanecem em paz não importa como as coisas se desenrolam.”


Quando começamos a pensar assim, então ficamos em paz, não precisamos saber qual carta virou no final e, muito menos, nos preocuparmos com o quadro de medalhas.


Porque a vida não é um esporte olímpico.


Livros para os questionadores



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  • 1 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Imagine você em um restaurante novo. Olha o cardápio e leva um tempo para decidir o seu prato. Escolhe um risoto de salmão e um bom vinho para acompanhar.

Não ensine a pescar

Enquanto espera, você vê o chef vindo em sua direção. Ele, então, se aproxima e fala:


- Vi que você pediu o salmão. Mas sabe como é, risoto é um prato delicado, difícil de acertar o ponto, tanto do arroz como do salmão. Você já fez risoto?


Você fica sem entender direito e antes de responder, o chef fala:


- Bom vamos fazer o seguinte, vou esquentando as panelas e te espero na cozinha.


*Uma história retirada do livro “A Startup de $100”, de Chris Guillebeau.

Uma situação difícil de acontecer no mundo real se você pensar em um restaurante.


Mas se você pensar em novos negócios é basicamente isso que costumamos fazer.


Não porque achamos que dá trabalho fazer o salmão, mas porque somos apaixonados pelo processo e queremos compartilhar com as pessoas o nosso conhecimento.


“Dê a um homem um peixe e ele comerá por um dia. Ensine o homem a pescar e ele comerá a vida toda”


Foi isso que aprendemos e temos prazer em fazer. Mas a grande verdade é:


Nem todos querem aprender a pescar!


E não tem nenhum problema com isso, inclusive é onde surgem as oportunidades.


Quando você vai a um restaurante, você não quer aprender a fazer o risoto, você quer apenas comer, sem ter trabalho, aproveitar um tempo com a família ou com amigos. Você não quer aprender a pescar. É para isso que o restaurante existe.


Essa separação é sempre uma tarefa difícil para o empreendedor, qual é a linha que separa o que o seu público realmente quer e o que ele não sabe que precisa?


No caso do restaurante, a linha é fácil de enxergar. Mas quando se vende conhecimento, essa linha é bem nebulosa.


A todo momento você precisa se questionar se está trazendo o seu público para a cozinha com você ou entregando o risoto.


Existe sempre público para as duas opções, desde que você saiba bem como separar.


Por isso, não ensine a pescar quem quer apenas comer.


Livros para os questionadores



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