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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

Falhar é uma parte fundamental do processo de aprendizagem. Elimine as falhas e você mata o processo. Mas é exatamente isso que fazemos na maioria das vezes.

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Nossa cultura odeia falhas e fracassos. Aprendemos a punir os erros e, em consequência, desestimular a criatividade e a inovação.


No livro “O princípio da caixa-preta”, Matthew Syed mostra um impacto ainda pior: vidas humanas.


A medicina é famosa por ter uma das culturas mais hierárquicas e avessa ao erro, ganhando até do mundo corporativo (acredite!).


Claramente, ninguém quer errar quando uma vida está em jogo. Mas a cultura nos hospitais e centros cirúrgicos foi ficando tão intolerante ao erro que começou a criar efeitos negativos.


As enfermeiras ficam com medo de corrigir os procedimentos médicos mesmo sabendo que estão errados. Os médicos não reportam os erros, mesmo sabendo que podem ter cometido alguma falha (são humanos e vulneráveis ao erro) por medo de serem julgados e terem a reputação manchada.


Os erros nunca aparecem e o processo nunca aprende a melhorar para evitá-los.


Por isso, algumas melhorias importantes nos procedimentos demoram muito tempo para serem implementadas.


Incrivelmente, lavar a mão antes de cirurgias foi um desses casos. Anos para se tornar parte do processo e, infelizmente, muitas vidas perdidas.


Muita coisa mudou de uns anos para cá (ainda bem), mas muita dessa cultura ainda persiste em diversos lugares, em muitos hospitais e na grande maioria das empresas.


Um contra exemplo é a aviação. Talvez um dos mercados mais antifrágeis do mundo. Na aviação, todo o procedimento é gravado nas famosas caixas-preta (daí o nome do livro).


Qualquer falha é verificada após algum acidente ou possível acidente e esse feedback realimenta a segurança dos aviões e dos pilotos.


Um painel que pode gerar alguma confusão na hora do pânico é alterado em seguida. Um procedimento muito demorado para verificar uma emergência é totalmente repensado.


Com isso, o risco de acidentes tem diminuído drasticamente ao longo dos anos.


Eles aprenderam que o sistema como um todo melhora com os erros individuais, que os erros fazem parte do processo.


Elimine esse feedback e o sistema fica estagnado.


Isso não quer dizer que devemos sempre errar. Mas não podemos inibir as pessoas de comunicarem os seus erros (pense o que tem feito como gestor e como pai também).


A ênfase precisa ser o pensamento estratégico de como melhorar após o erro e não punir o erro em si.


Muitas empresas começaram a criar ambientes controlados onde errar é seguro (ninguém quer que o médico erre justo na sua operação).


O Google deixa os funcionários invistirem tempo em projetos paralelos, sabendo que a grande maioria irá falhar. A Amazon sabe que nem tudo será um sucesso.

"Se você acha que esse foi um grande fracasso (Fire Phone), saiba que, no momento, estamos trabalhando em fracassos bem maiores. Não estou brincando. Alguns deles farão o Fire Phone parecer bobagem." Jeff Bezos

Não à toa, essas empresas são as mais inovadoras do mundo.


Elas perceberam que o que mata uma empresa não é errar muito, é tentar não errar.


“Você tem que agir. E você tem que estar disposto a fracassar… se você tem medo de fracassar, não irá muito longe” Steve Jobs

Ler mais livros é compartilhar conhecimento.


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Em novembro do ano passado, resolvi me aventurar em mais uma forma de renda passiva: Print on demand. Trata-se de uma plataforma de vendas de produtos onde você cria os desenhos e eles fazem todo o processo de venda e pós venda. Desde camisetas, canecas, adesivos até lenços e máscaras. Você fica com um percentual da venda, mas só precisa se preocupar com a parte criativa do processo.

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Em 6 meses, consegui alcançar a minha meta de 100 desenhos na plataforma. Nesse tempo, fiz 42 vendas (incluindo uma às 3:50 de hoje). Totalizando algo em torno de U$70.


Mas o que gostaria de compartilhar são algumas lições para quem pensa em criar mais uma fonte de renda passiva:


1) Sua arte será ruim, supere

NFT T-shirt - Non Fiction Type
Primeira camiseta (feita no Excel)

No início seus desenhos serão bem ruins. Muito provavelmente você nunca desenhou uma camiseta. Talvez, assim como eu, nem sabia mexer em uma ferramenta de design.


Mas não deixe que isso seja um empecilho para começar. Faça um desenho ruim e publique. Ninguém vai ver, ninguém vai comprar, ninguém vai te criticar. Acredite.


A única pessoa que irá falar alguma coisa é você para você mesmo. Supere. Faça e publique algo.


A minha primeira arte, eu pensei em algo que não precisasse de muita habilidade, mas que fosse alinhado com o que eu queria no futuro. Inclusive, fiz a maior parte da arte usando o Excel (acredite se quiser), porque não sabia usar o Inkscape (programa free que utilizo hoje).


2) Pilha de habilidades


Com o tempo, você vai criando novas habilidades. Vai aprender a usar novas ferramentas, aprender que fonts importam (muito) e a sua visão sobre o que é um desenho ruim do que é um desenho bom também vai melhorar (isso é importante).


A boa notícia é que você vai criando uma pilha de habilidades que irão te ajudar em outros lugares. No meu caso, os resumos visuais começaram a ficar bem mais bonitos porque fui incorporando as habilidades que aprendi desenhando camisetas. Mas poderia ser no PPT que você precisa fazer no trabalho, por exemplo.


Para quem está começando, aconselho ver o canal do Detour Shirts no Youtube (em inglês). Ele dá bastante dicas de técnicas de desenho e do mercado de print on demand.


3) Roube como um artista

Steal like an artist pillow
Inspirado no livro

A melhor forma de começar é procurar camisetas que você gostaria de usar e tentar copiá-las.


Não exatamente o desenho, mas o conceito por trás da camiseta. Pegue a ideia e transforme em algo diferente. Roube como um artista.


É assim que a maioria aprendeu, incluindo Pablo Picasso.

Copie até encontrar a sua forma de desenho. Isso pode levar tempo, mas é o caminho.


4) Nicho x Tendência


Nesse mercado, existem dois tipos de estratégias: nicho e tendência.


Tendência é você pesquisar o que está na moda e criar o desenho especialmente para isso, seja uma data comemorativa (páscoa) ou um evento específico (tapa do Will Smith).


Nicho é algo para um grupo pequeno que quando procurar por um termo específico, ele encontrará sua arte.

Booklovers t-shirt
Procure um nicho

Para renda passiva, eu acho que focar em um nicho é uma estratégia melhor.


Seguir a tendência pode gerar mais vendas (não tentei, mas pelo que vi no youtube e em fóruns), mas em contrapartida, as camisetas possuem vida curta, daqui 1 mês ninguém mais vai lembrar do tapa do Will.


Por isso, a quantidade de “trabalho” é bem maior. Você precisa sempre estar antenado e procurando as grandes tendências e o volume de camisetas que precisa fazer é extremamente maior.


Ou seja, vai ficando cada vez mesmo renda passiva se você precisa se matar para vender.


O lado positivo é que saber uma tendência facilita o processo criativo. Achar um nicho é difícil, principalmente, um nicho rentável.


5) Ninguém quer comprar uma camiseta


É difícil achar um nicho porque no fundo ninguém quer comprar uma camiseta.


A camiseta por si só é commodity. As pessoas estão atrás de uma ideia, um conceito.

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Isso é algo que tenho investido tempo e estudo. Vender a camiseta tem um limite de preço, vender uma ideia é que gera margem. O que você quer transmitir com a sua arte? Rebeldia? Humor? Status? Exclusividade? Estilo de Vida?


Se você for pensar, as grandes marcas não são vendedoras de produtos. A Nike não vende tênis. A Gucci não vende roupas. A Ferrari não vende carros. A Apple não vende celulares. Todas elas vendem uma ideia, uma mudança.


Qual é a ideia que você irá vender?


6) O 80/20 na cauda longa


A beleza desse tipo de negócio é o alcance. Tive vendas na Grécia, Alemanha, Espanha, Reino Unido e na grande maioria dos Estados Unidos. Você está conectado com o mundo inteiro.


Por isso você não precisa ser um recordista de vendas da maior rede de lojas da sua cidade, você precisa agradar alguns poucos compradores ao redor do mundo.


The 4 agreements poster
Campeão de vendas

O grande problema é que a concorrência é exponencial também, você está concorrendo com o mundo inteiro. Como se destacar no meio da multidão é um grande desafio.


Isso gera um efeito curioso nas suas vendas. Segundo a regra de Pareto, o famoso 80/20, 80% das suas receitas virão de 20% dos seus clientes. Mas no negócio de print on demand é mais concentrado ainda.


No meu caso, 40% dos produtos vendidos são de apenas 1 desenho, o que representa 42% das receitas. Apenas 13 desenhos venderam alguma coisa, ou seja 87 deles não teve nenhuma venda. ZERO. Esse é o negócio. Na maioria das vezes é ingrato.


Você pode achar que fez a melhor arte, mas pode não vender nada com ela.


Porque não é você que decide se é bom ou não. É o público. Você precisa criar até que alguém decida que é bom para comprar. Esse é o jogo.


7) Não entre pelo dinheiro


Sem barreiras de entradas, o mercado é extremamente concorrido, com muita gente boa. Você vai precisar aprender muitas coisas e dificilmente você será recompensado por isso. A ideia de renda passiva é tentadora, mas não entre pensando que irá ganhar dinheiro tão cedo. Alguns cases que vi no Youtube são de anos para começar a ter uma renda significativa, algo em torno de U$2k por mês. O caminho não é fácil, mas ninguém falou que seria.

Isaac Newton T-shirt
Coleção Mentes Brilhantes

Qual o seu nicho? Qual é a ideia que você está vendendo?


Construir a estrada que leva o seu público até a sua ideia leva tempo e exige prática e disciplina.


Não pense no dinheiro. Pense se você quer evoluir e criar uma pilha de habilidades maior. Se você fica feliz em criar a arte somente pela arte de criar e compartilhar.


Mas se está disposto a encarar o desafio, comece.


Crie a sua primeira arte horrível que ninguém irá comprar e compartilhe comigo, que ficarei feliz em curtir.

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  • 3 de abr. de 2022
  • 4 min de leitura

Energia, na minha visão, é fundamental para sair da “vida cansada”, mas é um tópico que poucas pessoas dão a devida atenção. Todos querem saber como ser mais produtivos, como alavancar vendas, como ganhar mais dinheiro, mas o primeiro passo é focar na sua energia. Como ter mais energia e, mais importante, como não desperdiçá-la.

The Energy Paradox Steven Gundry PDF em português

E um dos melhores livros sobre o tema é “O paradoxo da energia” do dr. Steven Gundry (sem tradução ainda para o português).


O paradoxo existe porque vivemos uma época onde comemos mais alimentos calóricos e em vez de termos mais energia do que nossos ancestrais (caçadores e coletores), estamos cada vez mais cansados. Temos uma vida mais “sedentária” que eles e nos sentimos mais esgostados.


Segundo o livro, a nossa alimentação e nosso estilo de vida faz com que a nossa produção de energia seja extremamente ineficiente. Produzimos muito pouco do que podemos e gostamos muito principalmente com inflamações.


Nosso corpo parece a TI de uma grande empresa, consome toda a energia apagando incêndios e a melhor estratégia para isso é fazer com que os outros sistemas fiquem em repouso para economizar energia e não criar mais caos, por isso quando ficamos doentes só queremos ficar no sofá vendo Netflix. Nossa biologia é extremamente inteligente.


Para entender como tudo funciona, Steven Gundry resumiu os 3 pontos importantes usando a fórmula semelhante à famosa fórmula de energia de Einstein (semelhante porque tem um 2 a mais):

E=M²C²
Energia = Microbioma Mitocôndrias Consumo Crono

De forma divertida, usando analogias para explicar as complexas reações biológicas, Gundry mostra várias pesquisas interessantes (os gases intestinais são muito úteis para a saúde, por exemplo) e derruba várias “verdades” (fruta faz bem para a saúde, café da manhã é a refeição mais importante).


Fiz um resumo com os pontos mais importantes (para baixar no final do post), mas se você realmente está na jornada para sair da vida cansada, recomendo fortemente que leia o livro. Alavancar a sua energia é a chave para conseguir ter um plano B.

The energy paradox em português

Seguem alguns pontos do livro que vale a pena se aprofundar:


  • Cuide do seu microbioma: As bactérias do seu intestino não ajudam apenas na digestão, mas também regulando seus hormônios e na produção de energia. Evite comidas que prejudicam o microbioma.


  • Depressão e ansiedade: Intestino permeável (leaky gut) é uma das principais causas de depressão e ansiedade. Além da parte psicológica, as bactérias influenciam muito no nosso humor. Uma das primeiras coisas que ele pede para os seus pacientes é ajustar o intestino com alimentação e alguns hábitos.


  • Lectina: Uma proteína encontrada em vários grãos (como arroz, feijão, aveia,...) e alguns legumes, que acaba prejudicando o intestino. Vale procurar a respeito.


  • Pós-bióticos: Os gases intestinais (vulgo pum) é o whataspp das bactérias. Segundo pesquisas recentes, a forma da bactéria intestinal mandar mensagens para as mitocôndrias (bactérias que vivem dentro das nossas células) é através dos gases. É importante comer alimentos que incentivem mais gases. Mas no limite certo, nem muito e nem pouco (peide na medida certa rs)


  • Flexibilidade metabólica: Talvez o ponto mais importante do livro. É a habilidade da mitocôndria trocar entre diferentes fontes de combustíveis para produzir energia. O nosso corpo, produz de maneira diferente a alimentação. Primeiro, quebra a glicose (açúcares e carboidratos), depois Aminoácidos (proteínas) e por último os ácidos graxos (gordura). Por isso é tão difícil queimar as gordurinhas. Mas fica ainda mais difícil quando você perde essa flexibilidade. Se comer glicose sem muito intervalo, as mitocôndrias ficam viciadas em obter energia da glicose e esquecem como quebrar proteínas e gorduras. Quando essa hora chega, elas gastam mais energia no processo do que na geração, ou seja, você fica cansado. Além disso, as mitocôndrias começam a ficar sobrecarregadas até uma hora que o sistema dá um “crash”, o famoso burn-out.


  • Resistência à insulina: Além de tudo isso, a inflexibilidade metabólica torna o corpo resistente à insulina, o que faz ele aumentar a produção, resultando em diabetes.


  • Dê folga para as mitocôndrias: Duas formas de fazer isso. Primeiro, jejum intermitente. Segundo, dieta mono, comer apenas um tipo de “combustível”, um café da manhã só com glicose, ou só proteínas, ou só gordura, mas ir alternando para o corpo não viciar em 1 só.


  • Consumo Crono: Mais do que provado que o QUANDO você come é mais importante do que O QUE e o QUANTO você come. Se tem uma coisa que você precisa fazer é o Jejum intermitente. Um período de 12 horas entre refeições dá tempo do seu corpo fazer o trabalho bem feito e, melhor, tornar as mitocôndrias mais eficientes.


  • Ketones (ou cetonas): Com o jejum, o seu corpo cria moléculas a partir dos ácidos graxos que funcionam como sinalizadores para as mitocôndrias, avisando que elas precisam focar em sobreviver pois a fonte de energia está no limite. Com isso, as mitocôndrias começam a eliminar aquelas ineficientes (autofagia) e a se multiplicar (mitogenesis). Mais mitocôndrias, mais energia e menos trabalho desgastante para cada mitocôndria. E isso só acontece em jejum.


  • Atenção jejum: Por que não ficar em jejum eterno? Porque o corpo e principalmente o cérebro precisa de glicose para funcionar direito. O jejum precisa ser apenas um “estresse” momentâneo. O músculo também perde nesse processo, liberando energia para o cérebro, que é vital. Não prolongue muito o jejum.


  • Lista de alimentos que fazem bem para a produção de energia: Se quiserem, deixem nos comentários que faço uma lista completa do livro.


  • Hábitos para energia: Além de tudo isso, hábitos são importantes, pois eles podem dar os sinais necessários para o corpo funcionar bem, nos horários certos. Destaque para “Desafios sensoriais", o corpo precisa de stress bom (hormesis, lembra de Antifrágil?), banho gelado, exposição ao frio (meditação sem camisa no frio é a melhor coisa que comecei a fazer ano passado) e saúna fazem muito bem para a sua saúde.


Esses são alguns destaques, espero que tenha instigado a sua curiosidade. Veja mais detalhes no resumo e compre o livro abaixo.

The Energy paradox Steven Gundry PDF


Resumo em 1 página para download (PDF):






Para mais resumos:





Esse resumo é para que você não esqueça dos principais pontos, leia o livro completo para conseguir capturar esses e muito outros pontos.


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