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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

  • 19 de set. de 2021
  • 1 min de leitura

Havia um monge eremita que morava em uma caverna nas montanhas no Japão. Ele era um talentoso artista e começou a pintar um tigre na parede da caverna. Ele era extremamente detalhista e meticuloso, e demorou anos para terminar a pintura. Quando ele finalmente terminou, o tigre era tão realista que quando ele olhava, ele ficava com medo e não conseguia mais sair da caverna.

Ansiedade é um tigre na parede

Essa estória zen ilustra basicamente o que ocorre em nossas mentes.


A ansiedade é o monge artista, desenhando alguns tigres em nossas cabeças, que parecem tão realistas que geram reações biológicas (coração acelerado, suor, lapsos de memória).

Ficamos com medo do tigre pintado na parede.


Cada vez que presenciamos algo que ativa nossa ansiedade, a conexão cerebral dessa memória se fortalece, o caminho para as sinapses vão ficando maiores, como uma estrada de terra que vai aumentando conforme mais pessoas vão utilizando.


Ou seja, a pintura vai ficando cada vez mais real.


As memórias vão se tornando mais fortes e a ansiedade entra em uma espiral negativa. Aumentando as reações a cada novo episódio.


Quebrar essa espiral não é nada fácil, pois os motivos são diversos. Desde uma predisposição biológica, influências externas (como traumas e stress), sedentarismo e até alimentação.

Estudos recentes mostram que as bactérias do seu intestino podem influenciar o nível de ansiedade.


Não existe uma bala de prata para a ansiedade, mas uma vida saudável é, com certeza, um bom caminho para minimizá-la.


E ter a consciência que o tigre é apenas uma pintura já é um grande começo.


“O homem não se preocupa tanto com problemas reais quanto com as ansiedades imaginadas sobre problemas reais” – Epicteto
 
 
 
  • 15 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Jordan Peterson é um psicólogo canadense que usa o conhecimento da Bíblia, da mitologia, de Freud, Jung e Nietzsche para elaborar 12 regras para a vida.

12 Regras para a Vida Jordan B. Peterson

Na minha visão, as 12 regras podem ser divididas em 3 grandes temas: Você, Criação dos filhos e Relacionamentos. Separei elas dessa forma para facilitar a compreensão.


Concordando com os argumentos de Peterson ou não, o livro definitivamente faz você parar para refletir sobre esses temas, questionando o nosso comportamento e o nosso pensamento.

Sobre você:


Regra 1: Costas eretas, ombros para trás

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Seu corpo influencia os seus pensamentos e ações, por isso preste atenção na sua postura.


As lagostas obedecem uma hierarquia de dominância (assim como nós). Uma lagosta muda a sua postura quando perde uma briga e nunca mais procura outra briga, vira uma lagosta submissa.


Pare de se curvar e ficar se arrastando. Fale o que pensa. Caminhe com a cabeça erguida. Ouse ser perigoso.


Regra 2: Cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade

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Já percebeu que quando cuidamos de alguém (nossos filhos, nossos pais) somos extremamente responsáveis, lembramos do horário dos remédios, respeitamos a rotina. Porém, quando cuidamos de nós mesmos somos relapsos.


Mude essa atitude. Tenha tempo para você mesmo. Escolha seu destino e siga o caminho.

Fortaleça o indivíduo. Considere o que é realmente bom para você.


Regra 4: Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje

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Foque em ser melhor todos os dias.


Qual o pedaço do caos você pode erradicar hoje? Na sua mesa, na sua casa, como você pode fazer para que o palco esteja preparado para um espetáculo melhor?


“Talvez a felicidade será sempre encontrada na jornada morro acima, e não na sensação passageira de satisfação aguardando no próximo pico.”

Regra 6: Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo

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Pare de fazer o que você sabe que é errado.


Diga apenas coisas que o tornem forte. Faça apenas as coisas das quais você possa falar com honra.



Regra 7: Busque o que é significativo, não o que é conveniente

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O conveniente funciona apenas para o momento. É imediato, impulsivo e limitado.


O significativo é o equilíbrio máximo entre o caos da transformação e a da possibilidade e, do outro lado, a disciplina da ordem incontaminada. O significativo é o caminho.


Mire alto. Tenha um propósito e sacrifique-se por ele.


Regra 12: Acaricie um gato ao encontrar um na rua

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Mesmo em dias ruins, você pode se deparar com pequenas coisas que te tragam felicidade.

Pare para apreciar a beleza das pequenas coisas da vida.



“A maravilha do Ser pode compensar o sofrimento que o acompanha de forma inseparável”

Sobre a criação dos filhos:


Regra 5: Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles

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Se você deixa seu filho se tornar um “monstrinho”, está deixando o trabalho sujo para outra pessoa, que será muito mais suja ao realizá-lo.


Seja responsável em tornar seu filho socialmente desejável.



Regra 11: Não incomode as crianças quando estão andando de skate

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Não sejam pais superprotetores. Proteção demais destrói a alma em desenvolvimento.


A mãe superprotetora é a bruxa da história de João e Maria: “Não me abandone, farei tudo por você.”



Ensine seu filho a se responsabilizar pelos seus atos.

Sobre Relacionamentos:


Regra 3: Seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você

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“Cerque-se de pessoas que o ajudam a ter ambições maiores, elas não tolerarão seu cinismo e destrutividade. Pelo contrário, elas o encorajarão quando fizer algo bom para você mesmo e pelos outros.”


Não pense que é mais fácil se cercar de pessoas boas e saudáveis do que das más e prejudiciais. Não é.


Regra 8: Diga a verdade. Ou, pelo menos, não minta

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Saiba dizer NÃO, falando sempre a verdade.


“Se você diz SIM quando é necessário dizer NÃO, você se transforma em alguém que só consegue dizer SIM mesmo quando claramente é o momento de dizer NÃO.”



São essas pessoas que fazem coisas horríveis, aquelas que foram incapazes de dizer NÃO.


Regra 9: Presuma que a pessoas com quem está conversando possa saber algo que você não sabe

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Aprenda a escutar de fato o que as pessoas estão falando.


Sua sabedoria consistirá então, não no conhecimento que já possui, mas na busca contínua por conhecimento. A forma mais elevada de sabedoria.



Regra 10: Seja preciso no que diz

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Fale o que não te deixa feliz. Não se omita. Não guarde esqueletos no armário.


Talvez seja mais fácil não brigar por coisas pequenas, aceitar a deterioração dia após dia, do que arcar com a responsabilidade de manter uma relação viva. Pode ser cansativo discutir o que não agradou, mas deixar passar é a receita para destruir os relacionamentos.

“Não subestime o poder destrutivo dos pecados da omissão”
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“Cabe a cada um de nós encontrar o equilíbrio entre o CAOS e a ORDEM. Entre o sentido que justifica a vida e o seu sofrimento inevitável.”

Jordan B. Peterson


Resumo em 1 página para download (PDF):

Livros para os questionadores:



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  • 12 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

O acesso à informação e ao conhecimento nunca foi tão fácil e abundante. Temos notícias atualizadas em uma velocidade impressionante, praticamente em tempo real, temos à disposição diversos canais de comunicação, o rádio e a TV deixaram de ser os únicos meios e estão sendo substituídos pelas redes sociais e plataformas de conteúdo. Vídeos, podcasts, blogs, Instagram, Tiktok. O conhecimento está literalmente na palma da sua mão.

Overdose de informação

Mas tudo isso tem o seu lado negativo. Estamos todos sofrendo uma ODI, overdose de informação.

Alguns sintomas claros de que você está sofrendo desse mal:

Vontade de consumir mais informação: Estamos tão viciados em informação, que sentimos a necessidade de mais, a toda hora. Eu mesmo, estou sofrendo com esse processo. Fico a toda hora querendo olhar o que está acontecendo no mercado financeiro, querendo olhar as cotações das ações. Se paro para esperar o elevador, quero pegar o celular para verificar. A mesma coisa pode acontecer com redes sociais. O efeito “químico” é o mesmo de outros vícios, a liberação de dopamina.

Distração: Estamos vendo algum vídeo com uma finalidade específica e quando percebemos estamos em outro vídeo nada a ver com o nosso objetivo inicial. A chance de nos distrairmos é enorme e, claro, tudo foi pensado para isso.

Improdutividade: Acabamos perdendo horas consumindo conteúdo e, infelizmente, o nosso tempo é limitado. O que significa que temos menos horas para aplicar o conhecimento.

Paralisia decisória: Tendemos a achar que mais informação significa melhores decisões, mas o cérebro humano entra em “tilt” quando temos muitos atributos para analisar.


No famoso experimento da geleia, pesquisadores fizeram um teste em um supermercado com uma prateleira com 24 tipos de geléias e em outros dias com 6 tipos apenas. Nos dias com maior variedade, o movimento na prateleira era bem maior, mas a taxa de conversão era de 3%. Nos dias com poucas opções, a taxa de conversão subiu para 30%. Não sabemos tomar decisões quando estamos com ODI.

Se você, assim como eu, apresenta esses sintomas, está na hora de entrar em uma reabilitação de informação, fazer um DETOX de conteúdo.

Dicas para ser mais produtivo

Algumas dicas que estou tentando e podem te ajudar:

Torne mais difícil o acesso à informação: Quanto mais acessível, maior a vontade de consumir. Tire os atalhos do computador e do celular. Parece besta, mas só o fato de você precisar fazer alguns movimentos a mais te inibe de acessar as plataformas.

Faça uma limpa no conteúdo que você recebe: O meu email vive cheio de emails interessantes (Tim Ferris, Ryan Holiday, Bill Gates, Seth Godin,...), mas isso contribui para o excesso de informação. Seja criterioso e deixe apenas aquilo que está agregando para o seu momento. Os canais do vídeo também.

Separe um momento para ver determinados conteúdos: Utilize o "vício" como uma recompensa. Agora só abro o Instagram após terminar a minha rotina matinal (exercícios, banho gelado e meditação), assim ele funciona como uma espécie de recompensa e evita que eu perca tempo antes de terminar tudo isso.

Tenha consciência que o mundo não vai acabar: Existe essa preocupação de que precisamos ficar ligados 24 por 7 nas notícias para não perder nada. Uma grande queda na bolsa, alguma novidade, uma fofoca. Mas a verdade é que o mundo não vai acabar e se algo acontecer, um Whatsapp vai pipocar. Relaxe!

Troque conteúdo por música: A sede por conhecimento é alta, mas aprenda a se controlar. Em vez de sempre ouvir um podcast ou um vídeo sobre notícias, mercado e afins, volte para a boa música, de preferência as nostálgicas, do tempo que você não sofria de ODI.

Ocupe o tempo com atividades físicas: Vá caminhar, pule corda, faça flexões. Atividade física diminui a ansiedade, ajudando no auto controle.

Simplifique as suas decisões: Não procure por mais informações para decidir sobre algum tema. Mais pode ser menos. Tente entender os principais pontos e foque neles. Não perca tempo procurando mais opções, isso só torna a decisão mais difícil.

Apesar de serem dicas simples, estão longe de serem fáceis de aplicar. De tempos em tempos, preciso parar e repensar essa rotina maluca, fazer esse detox, pois mesmo que você consiga se reciclar, daqui a algum tempo você volta para esse mundo caótico da informação.

Por isso, sugiro que você também pare e reflita.

Você precisa mesmo de tanta informação?


Você está priorizando o conteúdo que consome?

Ou está consumindo por gula mental? Por vício de notícias?

Questione-se! Desconecte-se!

"Uma riqueza de informação cria uma pobreza de atenção" Herbert Simon
Uma riqueza de informação cria uma pobreza de atenção

Livros para os questionadores


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