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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

  • 18 de jul. de 2021
  • 2 min de leitura

Em um experimento feito em 1965, Jonathan Freedman queria entender o que funcionava para educar crianças de 7 a 9 anos. Qual seria a melhor forma de convencer uma criança a não fazer algo específico? Bronca, recompensa ou conversa?


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Para isso, elaborou um experimento que consistia em colocar alguns meninos em uma sala com brinquedos e falar para eles que eles não deveriam brincar com aquele que seria o mais legal de todos, um robô de controle remoto.


Então, utilizou duas abordagens diferentes.


A primeira era ameaçá-los com graves consequências caso fosse flagrado brinquedo com o robô. “Você vai ficar de castigo se pegar o robô!”.


De fato, a ameaça funcionava. Dos 22 meninos, 21 deles não pegaram no robô quando o pesquisador estava na sala.


Porém, na segunda parte do experimento, seis semanas depois, uma outra pessoa trazia os mesmos meninos de volta à sala para uma atividade que não tinha a ver com os brinquedos. E, após a atividade, a pessoa deixava eles brincarem à vontade.


Então, 77% dos meninos correram para brincar com o robô.


Como toda criança acha (e os adultos mais ainda rs), o que é proibido parece mais gostoso.


Ou seja, a ameaça funciona mas somente se existe alguém observando, ela não é duradoura e nem induz o comportamento desejado. Pelo contrário, ela incentiva o comportamento oposto.


Na segunda abordagem, em vez da ameaça, Freedman apenas alertou os meninos que “era errado brincar com o robô”. Da mesma forma, 21 deles não pegaram o robô para brincar.


Mas após as seis semanas. O índice de meninos que escolhiam o robô para brincar caiu para 33%. Metade do número anterior.


Impressionante!

E como a ciência explica isso?


No livro “As armas da persuasão”, Robert Cialdini explica que nós humanos temos uma tendência muito forte de nos comportarmos conforme a nossa autoimagem.

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Queremos sempre ser coerente com o que acreditamos que somos, com o que é certo. Mesmo quando somos crianças.


E os cientistas comportamentais, descobriram que existe uma linha limite entre o incentivo externo (prêmio ou castigo) e responsabilidade interna criada.


Se o prêmio for muito alto (“Você vai ganhar um presente se fizer isso”), ou o castigo for muito rígido (“Você não vai assistir TV por uma semana”), a criança não irá se comprometer em mudar a sua atitude, porque ela está apenas reagindo a um fator externo, é algo racional.


Porém, se o motivo faz com que a criança questione a sua autoimagem (“Não quero magoar a mamãe”, “Não quero fazer coisa errada”), ela se sentirá responsabilizada pela ação, será algo sentimental, de longo prazo.


Claro, é muito mais fácil no experimento. Cada criança tem uma reação diferente ao incentivo e é muito difícil (e bem crítico) conseguir entender a autoimagem que a criança possui.


Mas ninguém falou que seria fácil rs.


Reflita sobre como você tem incentivado o comportamento dos seus filhos e questione-se como pode melhorar.


Não existe um caminho certo quando o assunto é educação dos filhos, mas com certeza a ciência pode nos ajudar a enxergar novas alternativas.

RECOMENDAÇÃO DE LEITURA


 
 
 
  • 14 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

O ano era 1993, estava na terceira série, no final do primeiro semestre. Um dia antes da tão esperada férias escolares. Havia alguma coisa acontecendo em uma das salas do colégio. A maioria dos meus amigos se amontoavam na frente da sala.

Seus valores foram construidos aos 5 anos

Como cheguei atrasado não sabia o que era. Perguntei para um dos meus melhores amigos:


- Hei! Sabe o que é aquela aglomeração?

- É a fila dos burros. Quem não vai ter férias e terá que ficar estudando. Acho bom você ir lá ver, porque seu nome deve estar lá.


Lembro de ter ficado indignado. Como assim? Está me chamando de burro? Quer apanhar, maluco?


Como eu sempre fui o menor aluno da sala, não quis partir para a briga. E como não era um exemplo de aluno, resolvi verificar a lista, com uma certa apreensão.


No final, meu nome não estava lá e não precisei conversar com o professor dentro da sala.


Mas, claramente, essa memória ficou marcada na minha cabeça.

No livro “The Buddha and the Badass”, de Vishen Lakhiani, ele propõe um exercício sugerido por Drima Starlight chamado “A história da origem”, onde você deve tentar se lembrar das suas memórias mais antigas, de preferência entre 5 e 8 anos.


Essas memórias de alguma forma definiram alguns dos seus valores de vida.


O exercício para mim não foi muito fácil. Confesso que não tenho muitas lembranças desse período. O que de certa forma é um bom sinal, pois segundo o livro, as situações mais marcantes são geralmente alguns traumas da vida.


O interessante é que esses traumas acabam virando um combustível que guiam a sua vida no intuito de que não aconteça com você novamente e que não aconteça com outras pessoas.


Isso é muito louco!


Primeiro, pelo fato de que coisas que parecem ser banais e aconteceram quando você nem tinha consciência direito, podem te influenciar para a vida toda.


Segundo, porque descobrir o seus valores mais fortes podem fazer toda a diferença na sua vida, principalmente, na sua felicidade.


O que aconteceu com Vishen e a sua empresa, Mindvalley. Depois de definir os seus valores, ele mudou os valores da sua empresa e mudou de patamar, pois a empresa agora tinha um propósito forte, sabia quem queria atrair e quem não fazia questão de agradar.


Essa é a grande força. Ter claro seus valores mais fortes, facilita você falar NÃO para muitas coisas. Te dá o poder da INTENCIONALIDADE.


Sabendo seus valores, você pode procurar uma empresa que compartilham os mesmos valores ou criar algo que transmitam esses valores.


No meu caso, peguei um dia e meditei por meia hora para tentar mergulhar na minha memória. Pensando agora, talvez com ajuda de um whisky ou um vinho fosse mais fácil (rs). Seja lá a forma que você queira para acessar as suas lembranças, é um exercício muito interessante.


Eu nem lembrava da cena sobre a recuperação. Mas ela veio muito vívida na minha cabeça. E para mim, claramente, direcionou muito algumas decisões futuras, tornando “auto-aprendizagem” um valor muito forte na minha vida. Muito provavelmente para não passar por uma situação assim de novo, o que de fato não aconteceu (mesmo indo muitas vezes chorar notas para não ficar de recuperação rs).


Hoje, a maioria das coisas que pesquiso, leio e tento passar gira em torno de auto-aprendizagem.


É algo que me dá prazer, tentar decifrar esse “jogo” e compartilhar com outras pessoas.


Essa é a grande sacada, procurar o que te dá prazer em um nível quase que inconsciente.


A ideia do exercício é sair com uma lista de 4 grandes valores que irão nortear as suas decisões. Algo que ainda não consegui, mas pretendo com mais meditações.


E você? Quais são as suas memórias mais marcantes? Sejam boas ou ruins. Qual é a sua memória mais antiga? Quais os sentimentos que elas trazem à tona?


Quais os valores que elas criaram?


Questione-se! Relembre e seja INTENCIONAL!

Assista ao vídeo do exercício:

LEIA O LIVRO


 
 
 
  • 11 de jul. de 2021
  • 2 min de leitura

Uma das habilidades mais importantes do mercado de trabalho é a criatividade. A capacidade de criar novos produtos, novas ideias de melhoria e soluções disruptivas de antigos problemas. Porém, isso é algo extremamente difícil de ensinar.

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Com brincadeiras e a interação com outras crianças, as escolas tentam incentivar o pensamento criativo.


Mas segundo alguns estudos, a escola nos moldes tradicionais tende a destruir a criatividade em vez de incentivá-la. (Assista ao TED Talk de Ken Robinson “As escolas acabam com a criatividade” ao final do post)


Por isso, se você quer ajudar seus filhos, essa tarefa não pode ser terceirizada. Sinto lhe informar, mas depende de você.


Mas como fazer isso?


Tentando algumas estratégias, como leitura, brinquedos educativos, desenhos, chegamos a conclusão que a melhor ferramenta é aquela que nós adultos odiamos: DINÂMICA DE GRUPO.


Isso mesmo. Algumas dinâmicas de grupo que fazemos nas empresas e nos cursos por aí são uma ótima ferramenta para incentivar a criatividade dos pequenos.


Utilizamos o horário do jantar, onde é difícil manter a concentração da criança e fazemos alguns “jogos” de criatividade.


Uma vantagem adicional é que quando a criança está distraída com a dinâmica ela tende a comer sem enrolação. Às vezes, a condição para ela participar da rodada é comer uma colher.


Algumas dinâmicas para você também começar a exercitar o cérebro dos seus filhos aproveitando a energia acumulada em casa no período de férias:


1) Continue a história


Dinâmica de improviso, cada um precisa contar um pedaço da história e o próximo deve continuar. Para aumentar o nível de dificuldade, quando a pessoa termina de contar o pedaço da história, ela fala uma palavra que o próximo deve usar.


2) O que isso parece?


Pegue um objeto qualquer, uma tampa, um papel amassado, um canudo e cada pessoa deve falar o que isso parece. Deixe a criatividade fluir, dê exemplos para o seu filho pegar o jeito. Em pouco tempo você verá que eles são muito melhores que você nisso.


3) O que é verdade?


Cada pessoa fala 3 coisas do dia, sendo 2 delas fatos verdadeiros e 1 falso. Os outros participantes devem descobrir o que é falso. Essa dinâmica além de incentivar a imaginação, também é uma boa forma de fazer a criança falar do dia dela. Bem melhor do que a famosa pergunta: “Como foi seu dia?”.


4) O que eu estou pensando?


Uma pessoa pensa em algum objeto ou pessoa e as outras precisam descobrir fazendo apenas perguntas de SIM ou NÃO. “É um personagem de desenho?”, “Tem aqui em casa?”, etc..


Essas são 4 dinâmicas que fazemos aqui em casa. Provavelmente, você conhece outras e pode experimentar. Aproveite para compartilhar aqui também, irei adorar tentar outras “brincadeiras”.


E, claro, é muito mais fácil não fazer nada. Ninguém merece fazer dinâmicas de grupo em casa, a não ser os seus filhos.


Repense! Questione-se e seja criativo!



 
 
 
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