Momento da decisão
- gelsontk

- 12 de nov.
- 3 min de leitura
Ao abrir os olhos, Arianna percebeu que estava no chão do escritório, ao lado de uma poça de sangue.

Arianna Huffington era o retrato do sucesso: economista formada em Cambridge, comentarista política, e fundadora do The Huffington Post, um dos maiores sites de notícias do mundo.
Para alcançar tudo isso, ela tinha um estilo frenético. Mandava e-mails às 3 da manhã e esperava respostas, dormia apenas quatro horas por noite e se gabava de conseguir passar dias sem dormir. Queria estar em todas as reuniões e até editar ela mesma alguns textos. Era imparável.
Até o dia em que, do nada, parou.
Em 2007, desmaiou no próprio escritório por puro esgotamento. Bateu a cabeça na mesa e, por sorte, não sofreu nada mais grave. Apenas um osso do rosto quebrado e um olho roxo.
“Eu acreditava que sucesso era trabalhar até cair. Literalmente, eu caí. E percebi que estava seguindo um modelo de sucesso que não era sustentável.”
O ponto de virada
A inércia é uma força poderosa. Entramos no jogo e aprendemos a jogar tão bem que esquecemos de parar e refletir se realmente é o jogo que queríamos estar jogando.
Arianna estava vencendo o jogo corporativo: sucesso, poder, dinheiro e status. Mas o acidente fez com que ela repensasse o conceito de sucesso.
“Eu percebi que havia dois pilares do sucesso: dinheiro e poder. Mas eles não bastam. Precisamos de um terceiro pilar: bem-estar, sabedoria e propósito.”
O The Huffington Post foi vendido à AOL por US$ 315 milhões, e Arianna fundou uma nova empresa: a Thrive Global, criada com o propósito de acabar com o mito de que o burnout é o preço do sucesso.
Seu objetivo passou a ser ajudar empresas e pessoas a não repetirem os erros que ela mesma cometeu.
Precisamos bater com a cara no chão?
É curioso, mas o ponto de virada de muitas pessoas acontece apenas depois de um acidente ou uma crise profunda.
Somente depois de bater a cabeça e acordar com sangue no chão, é que Arianna percebeu que estava trilhando um caminho insustentável e repensou o seu propósito.
Para mim, existem 3 momentos na vida onde esse tipo de decisão acontece:
Após um acidente que faz você perceber que a vida é curta;
No leito de morte, quando já é tarde depois para tentar mudar;
Quando você aprende a parar e refletir sobre suas verdadeiras prioridades;
Dentre os três, não precisamos ser um gênio para saber qual é o melhor.
Você não precisa desmaiar no escritório para repensar o que está fazendo com a sua vida. Você não deve esperar o fim dela para se arrepender do que deixou de fazer.
Como disse o lendário investidor Charlie Munger: “Tudo o que eu quero saber é onde vou morrer, para nunca ir lá.”
Se sabemos quais caminhos levam ao arrependimento, o mais inteligente é evitá-los.
Reflita sobre o caminho que está seguindo e se chegar a conclusão que precisa mudar. Comece a preparar a sua mudança na direção que deseja ir.
Vai dar preguiça, pode dar muito trabalho, vai ser desconfortável. Mas comece dando passos pequenos e buscando uma solução.
Porque não precisamos cair com a cara no chão.
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