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Como Criar Crianças Empreendedoras

Eu me preocupo com o futuro dos meus filhos, como todo pai e mãe. E sei que o mundo em que eles vão atuar será muito mais dinâmico que o nosso. Vão precisar mudar de profissão, se reinventar e aprender coisas novas várias vezes ao longo da vida.


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Para isso, terão de desenvolver habilidades essenciais — especialmente se quiserem empreender.

Infelizmente, aprendemos muito pouco sobre empreendedorismo na escola e, na minha opinião, isso não irá mudar a ponto de ajudar os nossos filhos.

Nos últimos anos, conciliando a vida de pai com a jornada no empreendedorismo digital, uma pergunta não sai da minha cabeça:

Como desenvolver essas habilidades desde cedo?

Uma das formas que pensei  — e o que tenho testado com meus filhos — é simples: Deixe as crianças entediadas.

O valor do tédio

Como pais, queremos que nossos filhos usem bem o tempo.Durante a semana, as agendas são cheias: escola, atividades, tarefas. No fim de semana, queremos que brinquem, saiam ao ar livre, ajudem em casa.

Mas, como empreendedor e artista, aprendi que uma das habilidades mais importantes é saber lidar com o tédio.

O tédio provoca dois efeitos poderosos:


1. Ele estimula o pensamento criativo.

Ficar em silêncio, sozinho, com os próprios pensamentos é um exercício muito poderoso. Esses momentos de pausa são férteis para ideias e insights.

Não só crianças, mas muitos adultos não conseguem ficar sozinhos com a própria mente, pois nunca foram treinados para isso.

Como disse Blaise Pascal: “Toda a infelicidade dos homens provém de uma única coisa: não saberem permanecer em repouso num quarto.”


2. Ele ensina a agir sem ordens.

As crianças estão acostumadas a receber instruções: faça a lição, arrume o quarto, coma, durma, jogue bola. Por isso, adoram tanto assistir TV — é o único momento em que não precisam pensar no que fazer.

Coloque uma criança sem TV em um quarto cheio de brinquedos e ela provavelmente vai dizer: “Não sei o que fazer.”

No mundo corporativo, é parecido. Há sempre alguém dizendo o que precisa ser feito — relatórios, reuniões, ajustes. A maioria se torna excelente em executar ordens.

Mas empreender é o oposto.Não existe chefe dizendo o que fazer. Você precisa pensar por conta própria, decidir o próximo passo, criar algo do nada.

Essa habilidade se torna essencial: fazer quando não há nada para fazer.


Um exemplo prático

Meu filho mais novo, de 5 anos, tem acordado às 5h30. Tenho o sono leve e, quando o ouço sair do quarto, já acordo também.

Antes, eu levantava e ficava com ele na sala. Por sono ou conveniência, ligava a TV para mantê-lo quieto.

Hoje, faço diferente. Fico no quarto, ouvindo à distância para garantir que está tudo bem, mas deixo ele se virar. Na noite anterior, preparo alguns brinquedos e deixo que ele escolha o que fazer.

No começo, ele não gostava e ia ao quarto nos acordar. Mas, aos poucos, começou a montar castelos com blocos magnéticos, desenhar e brincar com carrinhos. Aprendeu a ficar sozinho — às vezes, por mais de uma hora.

Esse é o poder do tédio. Ele força a criança a inventar, explorar, criar.


O papel dos pais

No início, é difícil. As crianças vão reclamar, pedir companhia, insistir para alguém brincar junto. Mas precisamos resistir ao impulso de resolver o tédio por elas.

Se queremos desenvolver nelas o espírito empreendedor, temos de permitir que enfrentem o vazio — e aprendam a preenchê-lo.


O bônus? Depois que aprendem a brincar sozinhas, ganhamos um tempo precioso de sossego.


E, mais importante:

Elas ganham algo que nem toda escola ensina: autonomia, criatividade e iniciativa.


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