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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

  • 29 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

A síndrome do impostor é algo cada vez mais comum nos dias atuais. Aquela sensação de que você não é bom o bastante, de que será “desmascarado” por alguém, de que um dia irão questionar o seu conhecimento sobre o projeto atual ou suas habilidades técnicas e gerenciais. Um medo de que tudo pode desmoronar com um castelo de cartas.

Seja o impostor. O mundo agradece

Se você também já teve esse tipo de pensamentos (ou ainda tem), não se preocupe. Você é a regra e não a exceção. Muito provavelmente o seu colega também acha que ele não é bom o bastante e o seu chefe também possui essa insegurança (acredite, chefes são pessoas como você rs).


E o número de pessoas que sofrem com a síndrome do impostor só tende a piorar.


Isso porque a dinâmica de trabalho vem mudando ao longo dos anos. Os projetos que antes eram específicos começaram a ficar mais abrangentes. Se antes a preocupação, por exemplo, era com a qualidade do produto, agora precisamos entender os impactos de sustentabilidade, o impacto no cliente, impacto nos diversos canais de vendas.


As habilidades necessárias são cada vez mais generalistas. E para suprir isso você precisa aprender muito mais coisas e estar sempre aprendendo.


Essa necessidade gera insegurança. Nunca estamos 100% preparados (e confiantes) sobre os diversos temas que precisamos tratar, porque eles estão sempre mudando.


Mas fomos condicionados a saber tudo, porque precisávamos tirar 10 na prova ou passar no vestibular.


O mundo mudou e com ele, a forma de trabalhar. Mas o nosso mindset ainda não.


Se atualmente o mercado exige o pensamento flexível e criativo, precisamos abraçar o impostor, porque inovar é pisar no desconhecido. É não ter certezas. É não ter garantias.


Para criar algo é preciso se expor. Com uma chance alta de falhar. Com uma chance alta de alguém te falar que você estava louco, que era um caminho errado, que você era uma fraude.


A Amazon, empresa mais valiosa do mundo, já falhou infinitas vezes e é por isso que ela está onde está.


O Fire phone, uma tentativa de competir com o iPhone foi um fiasco, mas a cultura da empresa e o pensamento de Jeff Bezos não estão preocupados em serem desmascarados. Pelo contrário.

"Se você acha que esse foi um grande fracasso (Fire Phone), saiba que, no momento, estamos trabalhando em fracassos bem maiores. Não estou brincando. Alguns deles farão o Fire Phone parecer bobagem." Jeff Bezos

Se você está com aquela sensação de impostor, encare com um bom sinal, um sinal de que está fora da sua zona de conforto.


E se você quer inovar, se acostume com essa sensação.

“O impostor é a prova que você está inovando, liderando e criando.” Seth Godin

Abra a sua mente. Precisamos estar sempre aprendendo e isso exige uma outra mentalidade, que não tenha medo de ser ignorante (durante o processo) e de se sentir inseguro.


Se para inovar, precisamos ser impostores. Sejamos! O mundo agradece.


“A verdadeira sabedoria consiste em saber que você não sabe nada” Sócrates
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  • 26 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

No tênis, existe uma diferença muito grande entre o jogador iniciante e um jogador profissional e ela se deve pelo fato do profissional conseguir jogar sem pensar.

O segredo para gerar valor: pare de pensar

Quando se está começando, você precisa pensar tantas coisas (posição da raquete, posição das pernas, distância da bola, altura da bola, movimento dos braços) que a probabilidade é muito alta de você errar a batida.


O processo de decisão é feito num intervalo muito pequeno para o nível de processamento das informações. Como disse o famoso jogador de beisebol Yogi Berra:

“Você não consegue pensar e rebater ao mesmo tempo”

Claro, que por trás de conseguir rebater sem pensar existem duas coisas importantes: prática e processo.

No mundo das ideias não é diferente.


Ter o chamado “insight” criativo, uma ideia disruptiva, uma solução complexa ou um post que gere valor é como devolver uma bola de tênis.


Da mesma forma, também sofremos quando pensamos demais. O que é uma grande armadilha porque é mais fácil de nos esquecermos disso.


Em algumas semanas eu consigo me planejar sobre os próximos posts, mas em outras eu escrevo no mesmo dia da publicação (como esse por exemplo). E essa “pressão” de conseguir entregar algo que faça sentido, faz com que eu fique alguns dias pensando no que escrever.


No começo, isso me causava alguns bloqueios. Hoje, eu aprendi a acreditar no processo.


Segundo o livro “Elástico: Como o pensamento flexível pode mudar nossas vidas”, de Leonard Mlodinow, a nossa mente possui um modo “default”, um estado de ativação do cérebro onde ele consegue acessar nossas memórias e sentimentos, fazendo associações e estabelecendo conexões que normalmente não reconheceríamos. Nada mais do que o insight.


Porém, esse estado só é atingido com a quietude. Quando paramos de pensar. Por isso, muitas ideias aparecem quando estamos fazendo atividades onde não estamos utilizando o cérebro, como em caminhadas, tomando banho ou olhando para o teto.


Mas não podemos nos dar ao luxo de ficar “esperando” as idéias aparecerem no banho, preciso gerar algo produtivo todo domingo e quarta para você. É aí que entra a prática e o processo.


Corte lenha, carregue água

Crote lenha, a pratica leva à permanência

No livro “A Quietude é a chave”, de Ryan Holiday, ele cita o seguinte provérbio zen:

“Corte lenha, carregue água. Corte lenha, carregue água.”

Não analise demais. Faça o trabalho.



Para o jogador iniciante de tênis, não adianta falar que não pensar vai fazer ele bater melhor, porque existe um nível mínimo de habilidade necessário para fazer o movimento de forma certa, é preciso praticar inúmeras vezes um pequeno movimento de cada vez. É preciso cortar a lenha e carregar a água, sem questionar somente pelo simples ato de fazer.


Para criar conteúdo, você precisa então criar conteúdo. Sem o objetivo de agradar, de ter muitos likes ou ganhar elogios. Somente pelo fato de criar conteúdo. Como você consegue absorver informações de diversas fontes, consolidar numa linha lógica e contar uma história para o seu público alvo que faça sentido? Primeiro, praticando até se cansar.


Como disse Warren Buffett em uma de suas cartas sobre o conselho que recebeu de um golfista:

“A prática não leva à perfeição, leva à permanência.

Forme a sua casa

Forme sua casa, acredite no processo

Crie um processo que force você a pensar melhor, ou melhor, a não pensar. Sabendo como o cérebro funciona, fica mais fácil induzir a “criatividade”.


Por isso a minha rotina matinal é importante e eu prefiro escrever logo pela manhã.


Mas o processo em si começa alguns dias antes, onde eu penso em algum assunto, às vezes apenas uma frase marcante ou uma reflexão e decido o assunto. Antes de dormir, tento lembrar dos livros que li sobre isso ou alguma referência bacana e vou dormir.


No dia seguinte, começa o processo. Acordo, faço alongamentos, 15 minutos de exercícios (melhora a circulação no cérebro), tomo banho gelado (libera dopamina), medito por 10 minutos (esvazia a mente) e tomo café preto (libera adrenalina). Nesses 40 minutos, não dou tempo do cérebro se distrair. A vantagem de ser cedo é que não tem barulhos na rua e dos filhos também.


Então, várias referências relacionadas ao tema que pensei na noite anterior aparecem, basta uma procura nos livros ou no Google para eu conseguir material para escrever. Como se fosse mágica, até você perceber que não é.


Você deve criar um processo que induza e ajude o cérebro a parar de pensar, só assim ele irá pensar melhor.


Como disse Winston Churchill:

“Nós formamos as nossas casas e então nossas casas formam a gente.”
Entregue valor

Existe um lado romântico em relação à criação de ideias. Mas se você depende disso, você não deve contar com a sorte.

Corte lenha, carregue água, forme sua casa e pare de pensar!

Pratique e acredite no processo. Essa é a única forma de entregar valor de forma consistente.

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Uma das coisas mais fascinantes desse mundo é a capacidade de aprender dos bebês. Essas pequenas esponjas absorvem conhecimento de uma forma impressionante. Se você ficar do lado desses pequenos por alguns minutos e observar com cuidado, verá como eles vão construindo um sistema para descobrir coisas novas, desde tampas até o movimento de um carrinho.

Aprendendo com os bebês

Essa habilidade de adquirir conhecimento sempre foi algo intrigante desde a época de Platão. Questionamentos sobre o que é uma reação instintiva ou conhecimento adquirido pelos bebês.


Somente nas últimas décadas conseguimos criar experimentos que respondem a algumas dessas dúvidas. O que tornou a nossa compreensão sobre os bebês ainda mais impressionante.


Uma das formas de entender como os bebês pensam (já que eles não podem responder questionários), é observar o nível de atenção e a direção dos olhos enquanto eles acompanham algum evento.


Uma das descobertas é que desde muito pequenos eles já entendem sobre as leis da física. Isso mesmo. Em um experimento, os pesquisadores mostram um monitor com uma bola em movimento rolando da esquerda para a direita e sumindo do monitor. Mais na frente existe outra tela, onde a bola continua seu movimento.


O interessante é que os bebês acompanham a bola, com a velocidade certa. Elas não reagem com surpresa se a bola seguir o seu percurso “normal”. Porém, se na segunda tela, a velocidade for diferente (mais rápida ou devagar), ou se a bola parar onde ela não deveria, o bebê fica em dúvida. Olha para o primeiro monitor para verificar se é a mesma bola. Ou seja, ele se surpreende com um movimento fora do comum porque já aprendeu sobre inércia dos corpos antes mesmo de aprender a andar e falar.


E se na segunda tela, a bola mudar de formato, para um carrinho ou um pato de borracha, o bebê achará normal. Para eles, o movimento é mais importante que a aparência do objeto. Aprendemos a “classificar” em grupos com o tempo.


Para crianças de 2 anos, por exemplo, se dois objetivos se comportarem da mesma forma e forem constituídos internamente pelo mesmo material, pertencem ao mesmo grupo, independente da aparência exterior.


Outra descoberta muito interessante é sobre a percepção dos bebês sobre as outras pessoas. Descobriu-se que até uns 15 meses de vida, eles não compreendem que os outros possuem sentimentos diferentes dos deles. Se você comer brócolis e fazer uma cara de gostoso e depois comer um salgadinho e fazer uma cara de nojo, eles não entendem porque você fez isso e irá te oferecer sempre o salgadinho, que na visão dele todo mundo deveria preferir.


Porém, após os 18 meses, eles começam a entender que sim, as pessoas podem e pensam diferente, começam a aprender o que chamamos de empatia. Se você fizer o mesmo experimento, o bebê (ou a criança já) irá te entregar o brócolis, mesmo preferindo o salgadinho.


Outra lição que eles aprendem também é que as pessoas enxergam as coisas de forma diferente dependendo do referencial. Antes dos 2 anos, eles acham que o que ele está vendo é exatamente o que as outras pessoas estão vendo.


Se você pedir para esconder algum objetivo, eles irão colocar fora do campo de visão “deles”. Mas não necessariamente fora do seu campo de visão. Pois não existe a compreensão de um outro ponto de vista, isso só ocorre perto dos 3 anos de vida.


Todos esses experimentos descritos no livro “The Scientist in the crib” (O cientista no berço, sem tradução para o português) mostram que esses pequenos seres sabem muito mais do que pensávamos e que não devemos subestimá-los (Cuidado quando for mimá-los! Farei outro post sobre isso).


Mas o que mais me chama atenção não é o fato de eles terem muito a aprender com a gente e sim o contrário, que temos muito que aprender com eles.


Desde cedo (após os 2 anos), eles aprendem a não classificar as pessoas, a entender e prestar atenção às preferências dos outros e compreendem que sim, os outros enxergam coisas diferentes das suas.


Eles não tentam convencer os outros das suas próprias crenças, eles apenas entendem e aprendem com isso, formando a própria visão de mundo.


Agora, pense em toda a discussão política que temos visto e que iremos ver no ano que vem. Sobre as discussões de igualdade de gênero. Sobre liberdade religiosa. Como bebês de 1 ano, as pessoas muitas vezes estão somente oferecendo o salgadinho que elas acham mais gostoso.


Será que desaprendemos com o tempo a ter essas habilidades sociais como a empatia? Ou será que algumas pessoas nunca aprenderam de fato?


Questione-se e aprenda com esses pequenos seres fantásticos.

Assista ao TED de Alison Gopnik, autora de "The scientist in the crib"

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