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  • 7 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Você já deu o primeiro passo, saiu da inércia, começou algo novo. Aprendeu novas habilidades, venceu o plateau algumas vezes e agora chegou em Competência Incosciente (leia o post anterior, esse é o último da trilogia Competência). Já faz os movimentos certos sem esforços, no piloto automático. Será que chegou no fim do jogo? Dominou a técnica?

Ler Mais Livros OK Plateau

Para muitas pessoas sim, mas esse é o momento onde se separam os bons dos melhores. Como em Karatê Kid, é a hora da verdade.


No livro “Moonwalking with Einstein”, Joshua Foer, um jornalista que decide entrar no campeonato americano de memorização, mostra como treinou por 1 ano para o evento. E, segundo ele, um dos fatores limitantes para você evoluir em alguma habilidade é o que ele chamou de “OK Plateau”(olha ele aí de volta). Essa fase é onde você decide que está bom em alguma habilidade, que chegou no limite.

Mas com esse pensamento você para de aprender. Você cria a sua própria barreira.


Ler Mais Livro Barreira Mental

Uma história que exemplifica como é forte esse bloqueio mental aconteceu em 1954. Na época era considerado impossível correr 1 milha abaixo dos 4 minutos. Feito conseguido pelo jovem Roger Bannister. Um feito sobre humano. Um novo recorde. Seis semanas mais tarde, John Landy bateu o recorde do Roger e poucos anos mais tarde, correr abaixo de 4 minutos era o padrão.

Será que o fato de Bannister quebrar o recorde fez o mundo inteiro correr mais rápido? Não! A mente humana é algo impressionante. O fato de pensar que era impossível, tornava o recorde impossível. A partir do momento que todos viram que era possível, o recorde deixou de ser uma barreira.


Para evitar esse estágio, os melhores estão sempre eviando o “OK Plateau”. Quando percebem que estão no piloto automático, eles param e refletem. O cérebro foi feito para otimizar as tarefas, por isso é natural você ir para o automático. Para se tornar melhor você precisa ir contra esse instinto, você precisa estar presente e ter consciência das suas ações.


Uma forma de fazer isso é com a “prática deliberada”. No livro Outliers, Malcom Gladwell fala que os melhores possuem algo em comum, 10 mil horas de prática. Mas se isso é mesmo verdade, o mundo deveria ter formado milhares de digitadores profissionais, com certeza passamos mais de 10 mil horas digitando emails e relatórios. Mas não ficamos tão bons assim porque o “quanto” praticamos é menos importante do que o “como” praticamos.


Ler Mais Livros Prática Deliberada

A prática deliberada é sempre focada em objetivos claros, consciente da técnica aplicada e com um feedback imediato da evolução. Ela força você estar sempre atento aos detalhes, em quais pontos você está melhorando e onde está falhando. Você estará sempre voltando para a Competência Consciente, com a mente do aprendiz, aberta para evoluir.


“O segredo para melhorar em uma habilidade é manter algum grau de controle consciente sobre a prática, para forçar a si mesmo a ficar fora do piloto automático” Joshua Foer

Se soubesse disso, talvez o sr. Miyagi teria tido um sucesso mais rápido ensinando Daniel san. “Colaca a cera, tira a cera...”

Ler Mais Livros Karatê Kid

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  • 4 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Eu vivia cansado, sem energia, sem disposição. Então decidi que precisa fazer alguma coisa para mudar isso. Pesquisei algumas coisas e descobri que o motivo do cansaço era o meu preparo físico. Conversando com uns amigos, cheguei a conclusão que iria começar a correr, porque não gostava de academia.


Ler Mais Livros Não terminamos o que começamos

Comprei um tênis, uma roupa apropriada, olhei uns vídeos no youtube, até me inscrevi numa corrida de rua. Primeiro dia, não corri quase nada, 1 km e estava morrendo. Mas depois de 1 mês treinando, havia evolui bem, fiquei animado, contei a novidade para os amigos. Até que o ritmo da evolução começou a cair, não passava dos 5km e não diminuía o meu tempo.


Com 3 meses, a motivação não era mais a mesma, comecei a treinar menos dias na semana. Depois de 6 meses, o tênis novo, aquele apropriado para correr, servia apenas para ir na padaria. “É bom que não machuca os pés” é a desculpa por ter gasto em um tênis caro de corrida.


Ler Mais Livros Desistimos no Plateau

Se essa história é familiar, você também já passou pela grande armadilha de entrar no estágio de Competência Consciente (leia o post anterior), o “PLATEAU”. Aquela fase logo após uma grande evolução onde você estaciona, não consegue passar, treina e parece que sai do lugar. É o lugar onde as pessoas normalmente desistem.


Isso acontece não apenas na prática esportiva, mas nos projetos do trabalho, projetos pessoais e até nos relacionamentos. Não terminamos várias coisas que começamos.


No seu livro “Mastery”, George Leonard, mestre em aikido, escreve o que aprendeu com as artes marciais sobre o “plateau”. Ele descreve 3 tipos diferentes de pessoas: Os amadores, os obsessivos e os hackers.

O Amador é aquele que começa tudo com muito entusiasmo, assim como na história acima. Mas no primeiro sinal de estabilidade, ele desiste.

O Obsessivo é orientado a resultados. Não importa como chegar ao resultado, desde que seja rápido. Quando chega ao plateau, fica decepcionado e dobra o esforço. Isso o leva a uma instabilidade até um momento que ele quebra de vez. Desiste do esporte, do relacionamento.


O Hacker é aquele que pretende ficar no plateau indefinidamente. Conformado, faz apenas o necessário. Fica pensando porque não consegue evoluir ou ganhar um aumento no trabalho.


Segundo o autor, nenhum desses caminhos leva à maestria. Porque a batalha para a maestria não tem um fim, é uma sucessão infinita de clímax e plateau.

Ler Mais Livros Mastery Plateau
3 tipos de pessoas no plateau, retirado do livro "Mastery"

Interessante como lendo esses perfis eu me identifiquei, principalmente no amador e no obsessivo. Todos nós somos um pouco de cada em alguma área da vida.


Ter essa consciência de como você se comporta em determinada situação faz toda a diferença.

Porque você começa a perceber quando chegou no plateau e que para evoluir, você sempre precisará passar pelo plateau. Ele é parte do processo. Aliás, ele é o processo! Você precisa aprender a amar o plateau!

“Metas e resultados são importantes, mas eles existem apenas no passado e no futuro. A prática, o caminho da maestria, existe somente no presente. Amar o plateau é amar o eterno presente.” George Leonard

Isso não quer dizer que de agora em diante você irá terminar tudo o que começar. A desmotivação sempre irá aparecer. Mas, de novo, o que vai mudar é a sua resposta ao seu sentimento. Você pode deixar se abalar e continuar desistindo como um amador ou encarar como mais um plateau a ser batido. Como disse Bruce Lee:

Não existem limites. Existem apenas plateaus, e você não deve ficar ali, você deve ir além deles.”

Questione-se. Como você está encarando o seu plateau?

Ler Mais Livros Vencendo o Plateau

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Em 1969, Martin M. Broadwell escreveu sobre os “4 estágios da competência”. Um modelo que descreve como aprendemos uma nova habilidade. Ele consiste em 4 níveis sequenciais:

  1. Incompetência Inconsciente

  2. Incompetência Consciente

  3. Competência Consciente

  4. Competência Inconsciente

Ler Mais Livros Saindo da inércia

Usando um exemplo simples para explicar os conceitos. Tente lembrar-se de quando você aprendeu a dirigir um carro. Antes de dirigir pela primeira vez, você não tinha ideia dos desafios existentes, como fazer uma baliza, como usar o retrovisor, etc., você estava no nível de incompetência inconsciente, ou seja, não sabia nem quais eram os problemas.

Nas primeiras aulas, você começa a ter consciência das dificuldades, mas ainda não tem nenhuma habilidade para executar, está na Incompetência Consciente.


Com a prática, você passa para a Competência Consciente, onde possui as habilidades necessárias, mas ainda precisa se concentrar para executar, está aprendendo a arte.


No final, entra em Competência Inconsciente, onde os movimentos são automáticos. Quando entra no carro você não se esforça mais para ajustar os retrovisores ou manobrar para sair da vaga na garagem, tudo fica fluido. Você dominou a arte.


Ler Mais Livros Caverna Platão

O modelo mostra que para nos desenvolvermos, desde aprender a dirigir até nos conhecermos melhor como pessoa, precisamos primeiramente ter consciência da nossa incompetência. Precisamos estar expostos a novos assuntos, a novas experiências. Caso contrário, não teremos nem consciência do que não sabemos, ficaremos presos na caverna de Platão ou dentro da Matrix.


Mas sair desse estado exige esforço. Como diria nosso amigo Newton “Todo corpo tende a permanecer no seu estado a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele”.

Por isso muitas pessoas não pensam em se desenvolverem (estudar mais, refletir sobre os seus valores, sobre prioridades, ler mais livros). Não porque elas não acham que isso não é importante, mas porque nunca discutiram essas ideias com ninguém. Estão inconscientes da própria ignorância. Estão na inércia do dia a dia.


“Se a ignorância é uma benção, por que o mundo não é mais feliz?” Mark Twain

Por isso, a ideia do blog “Ler Mais Livros” é ser essa força externa que irá te tirar da inércia. Fazer você chegar à Incompetência Consciente. Porque com mais questionamentos, teremos mais reflexões e, consequentemente, mais conhecimento e controle sobre a sua vida.


Claro, esse é apenas o primeiro passo, pois se nada virar ação, você estará apenas se preparando para viver, como escrevi no post “Pare de planejar e olhe para a lua”.


Então, comece a se expor a coisas novas, leia mais e procure amigos para discutir ideias. Porque se tornar uma pessoa melhor começa com abraçar a nossa própria ignorância.


Ler Mais Livro Abrace a sua ignorância

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