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Blog para compartilhar conhecimento, bons livros, reflexões e aprendizados

Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

  • 25 de ago. de 2020
  • 4 min de leitura

Na última sexta (21/08/2020), o mundo perdeu Sir Ken Robinson Ph.D., professor, escritor, palestrante e revolucionário. Autor de “O elemento” e “Escolas Criativas”, o seu vídeo “As escolas matam a criatividade?” é o vídeo mais visto do TED (no final do texto).

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Ele sem dúvida me fez questionar todo o sistema de ensino atual. Fez-me refletir como essa fase impactou a minha vida, plantando uma semente na minha cabeça de que deveria contribuir com essa mudança, ou como ele mesmo chamou, essa revolução.

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Esse desejo de mudança aumentou mais ainda com o nascimento do meu filho. O desejo se transformou em uma busca por reflexões e conhecimento. Sendo um dos temas que mais tenho lido nos últimos anos.


Como pais, acho que seremos a geração mais afetada. Infelizmente a revolução educacional será lenta e nossos filhos pegarão a fase de transição, ou seja, não estarão totalmente preparados para o futuro mercado de trabalho.


Se voltarmos no tempo, a geração dos nossos avós, muitos deles imigrantes, não teve a oportunidade de frequentar escolas e muito menos o ensino superior. O trabalho era na agricultura, empreendendo ou nas primeiras fábricas que apareceram. A geração dos nossos pais pode frequentar escolas e faculdades. Isso garantiu a algumas pessoas bons empregos e o pensamento de que se você estudasse, se formasse em boas faculdades, teria uma garantia de uma vida tranquila, ainda mais se fosse médico, advogado ou engenheiro.


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A nossa geração conseguiu seguir os mesmos passos com certo sucesso. Mas começamos a sentir os efeitos da mudança. Um diploma já não é garantia de emprego e várias habilidades necessárias no mercado de trabalho não são ensinadas nas escolas e nas faculdades. Algumas grandes empresas nem olham mais para o diploma.


A próxima geração não terá nem incentivos e nem motivação para estudar por tantos anos se as habilidades ensinadas forem totalmente divergentes daquelas que o mercado precisa.


Se deixarmos a responsabilidade única e exclusivamente na mão do sistema ensino, essa será uma geração perdida.


Em seu primeiro livro ”O elemento”, Sir Ken Robinson fala de como encontrar propósito nas nossas vidas, dando vários exemplos de pessoas que conseguiram encontrar e dicas de como encontrar o seu também. Um dos pontos críticos é a exposição.


Colocar crianças em contato com várias áreas e conhecimentos para que ela descubra aquilo que é sua paixão. Esse é o primeiro questionamento sobre as escolas.


A nossa educação foi elaborada pensando no mercado de trabalho de anos atrás, por isso algumas matérias foram priorizadas em detrimento de outras. Aulas de artes e dança, por exemplo, em muitas escolas não existem mais.

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As escolas focaram em desenvolver , profissionais que usam apenas o cérebro, principalmente para ciências, novos professores, segundo Sir Ken Robinson.


Mas será que esse deveria ser o objetivo das escolas? Desenvolver pessoas apenas com algumas habilidades? Será que o propósito de algumas pessoas não envolvem artes e dança? Será que isso não está criando uma geração de pessoas desmotivadas e depressivas?


"Se você julgar um peixe pela habilidade de subir em árvores, ele viverá o resto de sua vida acreditando que é um idiota" - Albert Einstein

No seu outro livro ”Escolas Criativas”, Sir Robinson entra mais a fundo em vários problemas do sistema de ensino, um dos principais temas é o foco cada vez maior em criar testes padronizados para comparar e avaliar as escolas e faculdades.


Com um objetivo que a princípio parece ser válido, esse sistema de testes acabou gerando um feedback negativo na nossa educação. As escolas, assim como os estudantes, começaram a aprender com os testes. Ficamos muito bons em fazer testes. Basta você pensar nas coisas que aprendeu na faculdade. Estudava como um louco antes das provas e se tropeçasse no caminho da prova, provavelmente iria esquecer metade do que “estudou”.

Em resumo, decorava tudo e não aprendia nada. As escolas começaram a focar naquilo que dava mais pontos nas avaliações, despriorizando ainda mais temas como artes cênicas, música e até educação física.

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Além disso, os testes também nos levam a focar em respostas únicas, convergentes. Aprendemos a decorar informações para chegar a uma resposta certa. Mas a lição mais importante da faculdade foi “como colar”, uma forma colaborativa de chegar a uma resposta usando métodos inovadores em situações de pressão. Não é isso que se espera atualmente de uma profissional no mercado de trabalho?


Será que estamos depositando uma confiança exagerada que o ensino irá se reinventar a tempo de suprir o GAP de habilidades que está se formando?


Esses dois livros foram fundamentais para que eu questionasse o sistema educacional e quebrasse a verdade que sempre ouvi “Estude, passe em uma boa faculdade, arrume um bom emprego e tenha uma vida boa”. Verdade que aos poucos está morrendo, a única parte que irá permanecer é “Estude, estude e estude”.


Se nossos filhos não começarem a aprender a aprender, eles terão sérios problemas no futuro e para isso, eles precisarão da nossa ajuda.


Agradeço a Sir Ken Robinson pelos ensinamentos, pela inspiração e por me fazer mais questionador. Descanse em paz, mestre.

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Assista o TED Talk:


 
 
 
  • 19 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de nov. de 2020

LER MAIS LIVROS começou com uma ideia de compartilhar algumas dicas para as pessoas lerem mais, com alguns hacks e algumas indicações de leituras interessantes. Fiquei muito feliz com alguns depoimentos de pessoas que mudaram os seus hábitos não só com a leitura, mas com relação à saúde e à vida.


Mas uma pergunta sempre ficou latente na minha cabeça, por que algumas pessoas não gostam de ler? O que eu poderia fazer para espalhar esse hábito?


Manifesto Questionador

Discutindo com alguns amigos e refletindo a respeito, fiz a lista de todos os livros que li nos últimos 3 anos, tentando classificá-los para entender o que me motivava a ler.


Percebi algumas temáticas bem frequentes como mentalidade, hábitos, aprendizagem, propósito, entre outros. Mas isso por si só não me levou a querer ler mais.


Questionadores são leitores

Para chegar à resposta, precisei assim como em DARK (2017), chegar à origem. No que me motivou a começar tudo isso, porque depois as coisas foram se desenrolando.


Foi quando eu percebi que alguns livros reacenderam uma chama questionadora em mim e isso foi o que me motivou a continuar lendo e procurando novas leituras.


Esses livros de alguma forma quebraram algumas verdades pré-existentes, quebraram alguns limites e me fizeram questionar a realidade::

Esses são alguns exemplos, mais para frente irei postar outros e discutir com mais profundidade cada tema.


“O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano” Adam – DARK (2017)

Esses livros foram a faísca motivacional. Porém acho que lá no fundo eu já me questionava sobre trabalho, sobre vida, sobre saúde, no final já tinha um perfil QUESTIONADOR.

Questionadores

E esse perfil é essencial para a explosão acontecer. Quando pessoas com uma mentalidade questionadora encontram livros disruptivos e perguntas certas, nascem o que estou chamando de QUESTIONADORES.


Acredito que não estou sozinho nessa, vejo que cada vez mais as pessoas estão se questionando se deveriam seguir os caminhos pré-traçados pelas gerações passadas. Questionando principalmente seus valores e suas prioridades.


Por isso lancei o MANIFESTO QUESTIONADOR! Uma nova fase do Ler Mais Livros, focado em levantar questionamentos, quebrar algumas verdades, levantar discussões e juntar cada vez mais QUESTIONADORES!


Porque compartilhando e discutindo ideias com QUESTIONADORES a evolução é gigantesca!


Por último, alguns avisos importantes:

  • Se você se identificar com o Manifesto, você já é um Questionador, mas prepare-se para uma viagem sem volta. A reflexão tem pros e contras.

  • Nem todos são Questionadores, não obrigue ninguém a ser, é uma escolha pessoal. Respeite. Mas você vai ficar maluco para converter algumas pessoas. Prepare-se.

Dito isso, veja o MANIFESTO QUESTIONADOR, compartilhe e prepare-se para quebrar algumas verdades!



 
 
 
  • 5 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Passamos da metade do ano e assim como no ano passado, selecionei 5 livros que de alguma forma agregaram valor, seja com informações interessantes, úteis ou para uma reflexão profunda sobre algum tema.

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Um ponto interessante é que esse ano li 22 livros até agora, 4 a menos do que no ano passado, mesmo sem trabalhar full time. Mais tempo não significa mais leitura, então não use a desculpa de que precisaria de mais tempo no dia para ler. É só uma desculpa mesmo.


A lista dos 5 segue a ordem de leitura e não uma preferência entre eles. Também deixei uma lista de mais 5 livros, no final, que valem a leitura.


Comente também quais foram os seus top 5 do semestre.


1) De primatas a astronautas: A jornada do homem em busca do conhecimento (Leonard Mlodinow)

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Assim como Sapiens conta uma breve história da humanidade, esse livro conta uma breve história da Ciência, passando por todas as grandes mentes que tivemos, desde Aristóteles e Newton até Einstein e Bohr. Com um conteúdo detalhado e divertido, como todos os livros de Mlodinow, o livro é um prato cheio de curiosidades e mostra de uma forma cronológica como as ideias desses gênios se relacionam, algo que na escola sempre vimos de forma totalmente separadas.


2) The Circadian Code: Lose Weight, Supercharge Your Energy, and Transform Your Health from Morning to Midnight (Satchin Panda) – Sem tradução para português


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O nosso corpo possui um ritmo de funcionamento, o ciclo circadiano, e com as mudanças no estilo de vida, cada vez mais estamos agindo contra esse ciclo, por isso problemas de depressão, obesidade e falta de energia são mais frequentes. A ciência nos últimos anos conseguiu descobrir como melhorar a nossa saúde, pensando no código circadiano e a diferença é brutal. Hoje em dia consigo acordar às 5h30 sem despertador e sem cansaço, apenas mudando alguns hábitos e respeitando o meu próprio ritmo.




3) Mastery: The Keys to Success and Long-Term Fulfillment (George Leonard) - sem tradução para português

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Professor de aikido ensina o processo de se tornar mestre em algum assunto, usando as artes marciais como exemplo. O ponto mais crítico é resiliência, uma característica que estamos perdendo com o mundo cada vez mais impaciente e superficial. Como podemos exercitar a resiliência em nos mesmos e nas nossas crianças, que não aguentam esperar nem a propaganda do Youtube (nós também por isso pagamos o Premium). Para isso, a mensagem é aprenda a amar o “plateau”, o momento após a empolgação onde é preciso aprender a dominar a prática, geralmente onde a maioria desiste. Percebi que realmente transpor o plateau é sempre uma barreira e comecei a encarar de forma diferente quando percebo esses estágios.



4) Grande Magia: Vida criativa sem medo (Elizabeth Gilbert)

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Autora de livros ficção, entre eles o best-seller “Comer, Rezar e Amar”, conta de forma divertida e direta como é viver com o trabalho criativo. Se você se interessa pelo tema, é uma ótima leitura, pois mostra que esse mundo é extremamente difícil e se você não estiver disposto a fazer o trabalho simplesmente pelo trabalho, pelo amor à criatividade, poderá sofre muito, pois a diferença entre o sucesso e o fracasso na grande maioria das vezes pode ser aquele fator que adoro comentar, o acaso! Esteja preparado!


5) Thinking in Bets: Making Smarter Decisions When You Don't Have All the Facts (Annie Duke) - sem tradução para português


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Como melhorar as suas decisões? Aprendendo com jogadores de poker. O ambiente dos jogos de poker trazem para um ambiente mais controlado todas as variáveis de uma decisão do mundo real: informações incompletas, várias alternativas possíveis e influência da sorte. Por isso Annie, uma das maiores vencedoras do mundo do poker, apresenta várias dicas do que os jogadores profissionais fazem para eliminar os vieses comportamentais e melhorar o nosso processo decisório.



Outros livros que recomendo:

Inteligência Visual, compre o livro físico, pois existem muitas imagens para os exercícios que no ebook fica péssimo.


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