Adoramos novidades, gostamos de conhecer coisas novas, de descobrir ideias e produtos que irão transformar as nossas vidas, queremos sempre contar e compartilhar com nossos amigos algo que eles também nunca viram… desde que essa coisa não seja tão disruptiva.
Existe uma linha limite no nível da inovação gerada, que é onde reside a nossa aceitação.
Isso porque mudar totalmente algo é contra instintivo. O nosso cérebro primata odeia ter que aprender tudo novamente, ele odeia mudanças.
Muitas inovações demoram anos para se concretizarem. O telefone celular, por exemplo, foi inventado quase 20 anos antes da sua aceitação em massa.
Como humanos, estamos sempre nessa batalha entre querer o novo e se sentir seguro no velho. É difícil dar um passo no escuro.
Por isso, a inovação, por mais tentador que seja viajar no mundo do impossível, precisa estar ancorada no antigo, porque ela só acontece quando existe um público que entende, aceita e aprova a mudança gerada.
Não é por acaso que o iWatch, mesmo querendo ser muito inovador, ainda se parece com um relógio antigo.
Mas tudo isso não nos impede de pensarmos muito mais a frente.
Primeiro, porque estimula a criatividade. Uma habilidade que precisa ser praticada para evoluir, assim como um músculo.
Segundo, porque a visão de futuro, por mais impossível que pareça, nos serve de norte. Talvez o destino final seja totalmente diferente do imaginado (e na grande maioria é), mas o fato de termos um objetivo nos puxa para frente e muitas vezes é somente disso que nós precisamos.
Como disse Bruce Lee:
“Um alvo nem sempre serve para ser atingido, muitas vezes ele serve simplesmente como algo para se mirar.”
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