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Conteúdo para quem procura ter uma vida mais produtiva, criativa e intencional

Será que é loucura pedir um aumento bem nesse momento de crise que estamos passando? Algumas empresas demitindo pessoal, cortando horas de trabalho, quem seria maluco de negociar um aumento de salário?


Ler Mais Livros Aumento Sálario

Mas esse pode ser o melhor momento para fazer isso. Calma! Que talvez não seja como você está pensando.


Primeiro, é bom esclarecer alguns pontos.


Muitas pessoas acham que merecem um aumento porque estão desempenhando o seu trabalho muito bem, mas preciso dizer que a vida não funciona assim. Como dizia minha mãe quando eu aparecia com uma nota 10 na prova, você não fez mais que a obrigação. (acho que pais orientais tem essa tendência rs).


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Ou pior ainda, algumas pessoas acham que merecem um aumento porque estão há muito tempo sem ganhar. É como se merecessem ganhar uma corrida porque já assistiram as pessoas correrem várias vezes.


O que eu vou falar não se aplica para esse tipo de atitude.


Outro ponto importante é a mentalidade que você precisa ter sobre carreira. O seu foco deve ser agregar valor para o seu chefe direto, deve ser facilitar a vida dele. Pense que o seu cliente é o seu chefe e o seu plano estratégico deve ser focado nele. Não é facilitar a sua vida, não é a vida do CEO, é facilitar a vida do seu gestor.


Dito isso, a abordagem de Ramit Sethi no livro “I will teach you to be rich” (link para o post do livro) é muito interessante e pode ser um grande momento para aplicar.


Pedir um aumento não é chamar o seu chefe e pedir mais dinheiro ou pedir justiça pelos serviços prestados. Pedir aumento é um processo.

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Primeiro analise como você pode gerar valor para o seu chefe, pense nos gaps dele, como ajudá-lo a estruturar as coisas, onde poderia alavancar algum indicador da área, ou melhorar a exposição dele.

Depois o chame para uma conversa. Não fale nada sobre salário. Fale que você quer elaborar um plano em conjunto para se desenvolver e facilitar a vida dele. Que chefe não gostaria de ter a vida facilitada? Mas muito provável que ele não tenha em mente o que fazer, senão já teria pedido. Então, você mostra as suas ideias. Não tem porque ele negar a sua ajuda.


Aí vem a parte de entregar o que prometeu, agregar valor. Mas com um elemento importante, que poucos fazem, o marketing estruturado. Como disse Erik Barker, no livro “Barking up the wrong tree”: “Trabalho duro não irá pagar se o seu chefe não sabe quem recompensar. Você espera que um bom produto seja vendido com zero marketing?”.


Crie um processo e se comprometa a mandar um email toda sexta ou quinzenal com um resumo objetivo da evolução do seu plano, o que foi feito, o que precisa ser feito, que decisões foram tomadas, até o momento que seu chefe tenha confiança no seu resumo para saber o que está acontecendo. Todo chefe quer saber o que está acontecendo com a sua equipe, o problema é que assim como você ele também tem os próprios problemas a serem resolvidos.


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Se você fez tudo direito e principalmente entregou um trabalho excelente (não fez mais que a sua obrigação rs), são grandes as chances que nem precise fazer a temida reunião para pedir um aumento, se a oportunidade aparecer, seu chefe tem motivos para te recompensar.


Mas se precisar marque uma reunião alguns meses depois com todos os relatórios em mãos, mostrando como melhorou os indicadores certos. Não é certeza do aumento, mas você vai dar subsidio para o seu chefe contar uma história para convencer quem precisa sobre o seu mérito.


Quem você acha que vai ter mais chance de ganhar a medalha dessa corrida?

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Por isso, aproveite a crise para pensar em como melhorar a vida do seu chefe, comece o seu plano estratégico agora e principalmente AGREGUE VALOR! O aumento será apenas uma consequência.


 

Livros para os questionadores:



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Todos nós sabemos que hábitos saudáveis fazem bem e são importantes no longo prazo. Mas por que então não conseguimos criar uma rotina e nos manter motivados para criar um novo hábito?


Ler Mais Livros Por que é difícil se exercitar

Um exemplo comum é se exercitar constantemente. Sabemos que o sedentarismo pode levar a diversas doenças, porque preferimos trocar a corrida de alguns minutos pela nova série do Netflix?


Uma abordagem muito boa para entender como funcionamos é o diagrama de Jim Kwik no seu novo livro “Limitless: Upgrade Your Brain, Learn Anything Faster, and Unlock Your Exceptional Life”(infelizmente ainda sem tradução para o português).


Ele fala que para aprendermos algo são necessários 3 elementos: Motivação, Mentalidade e Métodos.

Ler Mais Livros - Jim Kwik Diagrama Limitless
Ler Mais Livros - Jim Kwik Diagrama Limitless

A motivação tem a ver com o seu propósito, valores, com aquilo que te dá energia. A mentalidade tem a ver com aquilo que você pensa e como você enxerga o mundo. O método tem a ver com o processo que você está utilizando.

Ler Mais Livros Por que é difícil se exercitar

No caso dos exercícios, os métodos são fáceis de achar. Hoje existem milhares de vídeos no youtube ensinando todos os tipos de exercícios, em casa, com bebê, com aparelhos, basta procurar.


A motivação também existe, se você pensa em viver por mais tempo, exercício está no seu plano, isso explica porque ficamos tão mal quando pensamos que deveríamos ser menos sedentários.


A grande barreira, nesse caso, é a mentalidade, ou mindset. Qual a primeira frase que vem na sua cabeça quando pensa em exercícios? “Odeio exercícios”, “Só de pensar eu já me canso”, “Odeio academia”, “Sei que vou começar e daqui 2 dias eu paro”, e milhares de outros pensamentos desse tipo. Se você começa assim, você já começa perdendo e o hábito nunca vai se concretizar.

"Você pode pensar que consegue ou que não consegue, de qualquer forma você estará certo" Henry Ford

Se algum elemento dessa tríade não estiver em linha com os outros, você desistirá no meio do caminho ou nem começará.


Agora, pense naqueles objetivos que você está postergando. Por que não começou ou por que desistiu?

QUESTIONE qual elemento está enfraquecido, MUDE e COMECE!


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Para os Questionadores, livros indicados:









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Na última sexta (21/08/2020), o mundo perdeu Sir Ken Robinson Ph.D., professor, escritor, palestrante e revolucionário. Autor de “O elemento” e “Escolas Criativas”, o seu vídeo “As escolas matam a criatividade?” é o vídeo mais visto do TED (no final do texto).


Ele sem dúvida me fez questionar todo o sistema de ensino atual. Fez-me refletir como essa fase impactou a minha vida, plantando uma semente na minha cabeça de que deveria contribuir com essa mudança, ou como ele mesmo chamou, essa revolução.

Esse desejo de mudança aumentou mais ainda com o nascimento do meu filho. O desejo se transformou em uma busca por reflexões e conhecimento. Sendo um dos temas que mais tenho lido nos últimos anos.


Como pais, acho que seremos a geração mais afetada. Infelizmente a revolução educacional será lenta e nossos filhos pegarão a fase de transição, ou seja, não estarão totalmente preparados para o futuro mercado de trabalho.


Se voltarmos no tempo, a geração dos nossos avós, muitos deles imigrantes, não teve a oportunidade de frequentar escolas e muito menos o ensino superior. O trabalho era na agricultura, empreendendo ou nas primeiras fábricas que apareceram. A geração dos nossos pais pode frequentar escolas e faculdades. Isso garantiu a algumas pessoas bons empregos e o pensamento de que se você estudasse, se formasse em boas faculdades, teria uma garantia de uma vida tranquila, ainda mais se fosse médico, advogado ou engenheiro.


A nossa geração conseguiu seguir os mesmos passos com certo sucesso. Mas começamos a sentir os efeitos da mudança. Um diploma já não é garantia de emprego e várias habilidades necessárias no mercado de trabalho não são ensinadas nas escolas e nas faculdades. Algumas grandes empresas nem olham mais para o diploma.


A próxima geração não terá nem incentivos e nem motivação para estudar por tantos anos se as habilidades ensinadas forem totalmente divergentes daquelas que o mercado precisa.


Se deixarmos a responsabilidade única e exclusivamente na mão do sistema ensino, essa será uma geração perdida.


Em seu primeiro livro ”O elemento”, Sir Ken Robinson fala de como encontrar propósito nas nossas vidas, dando vários exemplos de pessoas que conseguiram encontrar e dicas de como encontrar o seu também. Um dos pontos críticos é a exposição.


Colocar crianças em contato com várias áreas e conhecimentos para que ela descubra aquilo que é sua paixão. Esse é o primeiro questionamento sobre as escolas.


A nossa educação foi elaborada pensando no mercado de trabalho de anos atrás, por isso algumas matérias foram priorizadas em detrimento de outras. Aulas de artes e dança, por exemplo, em muitas escolas não existem mais.

As escolas focaram em desenvolver , profissionais que usam apenas o cérebro, principalmente para ciências, novos professores, segundo Sir Ken Robinson.


Mas será que esse deveria ser o objetivo das escolas? Desenvolver pessoas apenas com algumas habilidades? Será que o propósito de algumas pessoas não envolvem artes e dança? Será que isso não está criando uma geração de pessoas desmotivadas e depressivas?


"Se você julgar um peixe pela habilidade de subir em árvores, ele viverá o resto de sua vida acreditando que é um idiota" - Albert Einstein

No seu outro livro ”Escolas Criativas”, Sir Robinson entra mais a fundo em vários problemas do sistema de ensino, um dos principais temas é o foco cada vez maior em criar testes padronizados para comparar e avaliar as escolas e faculdades.


Com um objetivo que a princípio parece ser válido, esse sistema de testes acabou gerando um feedback negativo na nossa educação. As escolas, assim como os estudantes, começaram a aprender com os testes. Ficamos muito bons em fazer testes. Basta você pensar nas coisas que aprendeu na faculdade. Estudava como um louco antes das provas e se tropeçasse no caminho da prova, provavelmente iria esquecer metade do que “estudou”.

Em resumo, decorava tudo e não aprendia nada. As escolas começaram a focar naquilo que dava mais pontos nas avaliações, despriorizando ainda mais temas como artes cênicas, música e até educação física.

Além disso, os testes também nos levam a focar em respostas únicas, convergentes. Aprendemos a decorar informações para chegar a uma resposta certa. Mas a lição mais importante da faculdade foi “como colar”, uma forma colaborativa de chegar a uma resposta usando métodos inovadores em situações de pressão. Não é isso que se espera atualmente de uma profissional no mercado de trabalho?


Será que estamos depositando uma confiança exagerada que o ensino irá se reinventar a tempo de suprir o GAP de habilidades que está se formando?


Esses dois livros foram fundamentais para que eu questionasse o sistema educacional e quebrasse a verdade que sempre ouvi “Estude, passe em uma boa faculdade, arrume um bom emprego e tenha uma vida boa”. Verdade que aos poucos está morrendo, a única parte que irá permanecer é “Estude, estude e estude”.


Se nossos filhos não começarem a aprender a aprender, eles terão sérios problemas no futuro e para isso, eles precisarão da nossa ajuda.


Agradeço a Sir Ken Robinson pelos ensinamentos, pela inspiração e por me fazer mais questionador. Descanse em paz, mestre.


 

Assista o TED Talk:


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