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Um dos maiores motivos de brigas e descontentamento entre casais é o uso da camisa de time para sair. Será que a percepção de quem veste a camisa é diferente? Será que existe um orgulho em vestir o símbolo do time de coração? Será que isso faz alguma diferença? A ciência diz que sim!


Questinadores Camisa de Time

Conforme falado em vários posts, o nosso cérebro funciona de forma que muitas vezes não conseguimos explicar, algumas vezes de maneira contraintuitiva. Somos influenciados por vários fatores quando tomamos uma decisão e uma das coisas mais surpreendentes é que a nossa bondade é totalmente influenciável!


No livro “Dar e Receber”, Adam Grant mostra um experimento feito na universidade de Lancaster, no Reino Unido, conduzido pelo professor Mark Levine e seus colegas. Eles recrutaram torcedores do Manchester United com o intuito de medir se o nível de bondade depende de fatores externos. (O experimento realmente foi feito com torcedores do Manchester, não estou puxando sardinha para o maior time da Inglaterra rs).


Para os torcedores era apenas um teste de conhecimento sobre o futebol. Mas o verdadeiro experimento acontecia quando eles precisavam mudar de prédio para ver um filme. No meio do caminho, um ator fingia estar correndo e caia. Contorcia-se simulando um acidente sério. A diferença era a camisa que o ator estava vestindo. Quando ele estava com a camisa do Manchester United, 80% dos participantes corriam para ajudar. Quando o ator estava com uma camisa qualquer, apenas 22% eram socorridos. E o mais impressionante era quando o ator estava com a camisa do rival Liverpool, 70% dos torcedores também ajudavam. (Para mim, foi muito surpreendente rs).


Ou seja, a bondade sim depende de fatores externos. Muitas vezes não temos a menor consciência. Somente pelo fato de nos identificarmos com semelhantes, seja pelo mesmo time ou pela paixão pelo futebol já é motivo para sermos mais bondosos.


Questionadores Ativação da identidade comum

Lembra do nosso cérebro primata? Ele identifica que a outra pessoa é um elemento do grupo e com isso está predisposto a ajudar pelo bem do grupo, pela sobrevivência. É um fenômeno conhecido como “Ativação da identidade comum”.


Concluindo, utilizamos camisas de time porque sabemos disso e estamos preocupados com a segurança do casal. Caso aconteça um acidente a chance de alguém nos socorrer passa de 22% a 80% (se você torcer por um time grande e mundialmente conhecido).


Vou falar de novo: de 22% para 80%!


Funcionalmente é muito mais seguro estar com uma camisa de time numa hora dessas. Não à toa, metade das camisas que levei no sabático eram de times de futebol.


Por isso, da próxima vez que forem ao shopping ou algum evento e alguém decidir ir com uma camisa de time, lembre-se, é alguém se sacrificando pela segurança do casal. Sem brigas! É tudo pelo bem.


Questione-se! Que outros fatores influenciam a sua bondade?

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Você já percebeu que toda vez que alguém pergunta algo muito básico, a pergunta vem com um pedido de desculpas? Por que tratamos a ignorância como se fosse algo ruim? Quantas coisas deixamos passar e deixamos de aprender porque ficamos paralisados com o medo de ser taxado de ignorante?

Questinadores Ignorância

Primeiro, existe um problema de mindset. Se sempre acreditarmos que inteligência é algo fixo e inato, a ignorância também será. Por isso temos medo de cair nessa categoria, de mostrar que estamos no segundo grupo. O que é uma grande besteira.


Segundo, encaramos a ignorância como sinal de fraqueza. Principalmente no mundo corporativo acreditamos que não se pode mostrar sinais de ignorância. Você sempre precisa saber o que está acontecendo e falar com propriedade, pelo menos parecer que está falando. É melhor falar besteira com propriedade do que assumir que não sabe das coisas.


No seu livro “Mais forte do que nunca”, Brené Brown fala como odiamos parecer vulneráveis, por isso evitamos parecer ignorantes. Preferimos não opinar, preferimos não discutir, preferimos não perguntar, preferimos não aprender.


Mas como disse Brené, vulnerabilidade é o nascimento da criatividade, inovação e da mudança. Para criar, para inovar, para mudar, você precisa aceitar a ignorância.


Questionadores gênios

A ignorância nada mais é do que o estado inicial da aprendizagem. Inclusive a capacidade de se manter ignorante e curioso é o que motivou Newton, Da Vinci e Einstein a produzirem por tantos anos. Eles abraçaram a ignorância e partiram para entender o que o mundo inteiro não entendia.


“A liberdade para parecer ridículo pode ser uma das chaves do sucesso dos gênios” – George Leonard

Da mesma forma, abrace a ignorância. É a única forma de evoluir.


Não tenha medo de perguntar, não tenha medo de parecer ignorante.


Se não sabe sobre finanças, se não sabe sobre alguma ferramenta, se não sobre algum assunto, procure alguém que esteja disposto a ensinar e pergunte.


O problema não é ESTAR ignorante, o problema é FICAR ignorante.


Procure sempre o estado de ignorância em algum tema e depois encontre uma forma para sair. Se você não se sentiu ignorante nos últimos dias é porque não está aprendendo nada novo, é porque não está mudando.


Qual foi a última vez que você se sentiu ignorante?


Questione-se! Mude!


Questionadores Sinta-se ignorante

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  • 10 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura

Uma das coisas mais impressionantes da vida é o desenvolvimento do nosso cérebro. Lendo sobre o assunto, vemos que é a velocidade de aprendizado de uma criança no início da vida é algo surpreendente, desde como segurar objetivos até enxergar perfeitamente os objetos à sua volta.

Questionadores Cérebro do Bebê

Fazemos a maior parte desses movimentos de forma automática, mas se pararmos para analisar são ações de tremenda complexidade. No livro “Como a mente funciona”, Steven Pink mostra que começamos a entender a dificuldade dos bebês em aprenderem esses comandos com a robótica. Conseguir reproduzir os movimentos da mão, por exemplo, como pegar objetivos de formas diferentes, com a força exata para não deixar cair ou amassar o objeto, usar os dedos na forma de pinça, tudo isso exige um raciocínio gigantesco que processamos em milésimos de segundo e exigiu muito tempo de computação para conseguirmos reproduzir.


Mas além de ser um assunto interessante de ler, entender como o cérebro funciona pode nos ajudar a influenciar o desenvolvimento das nossas crianças. Através dos estímulos certos, podemos ajuda-las nessa tarefa árdua de aprender a se virar no mundo.


Uma das descobertas mais interessantes é com relação à visão. No livro “Cérebro: Uma biografia” de David Eagleman, ele mostra um experimento com dois gatos feita em 1963 por dois pesquisadores do MIT.

Questionadores Experimento gatos

Os dois gatos ficavam em uma câmara com paredes listradas para estimular a visão. Porém, um deles podia se movimentar e outro não, só ficava na cadeirinha que se movia conforme o outro gato andasse. (Conforme a foto)


Os resultados do experimento mostraram que apesar do estímulo visual, o gato que ficou na cadeirinha desenvolveu muito menos a visão e nunca mais conseguiu atingir a visão normal.


O desenvolvimento da nossa visão depende de um conjunto de coisas e não apenas o estímulo visual. O bebê aprende a enxergar correlacionando o que ele vê com os movimentos do próprio corpo. Aprende através de feedbacks dos movimentos dos braços com os objetos para entender profundidade e perspectivas.


Por isso, é de extrema importância deixar os bebês se movimentarem no chão. Deixar eles deitados brincando com os objetos, mexendo as pernas e os braços livremente e de preferência de barriga para baixo para incentivar o engatinhar. Nada de deixar eles por longo tempo em cadeirinhas e no colo.

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No livro “How to Multiply Your Baby's Intelligence: The Gentle Revolution (Inglês)”, o professor Glenn Doman também incentiva os pais a deixarem os bebês o máximo possível engatinhando. Segundo as pesquisas, o processo de engatinhar é fundamental para o desenvolvimento não apenas da visão, mas do cérebro como um todo.


Como pai, sempre incentivei a criança a andar logo, colocando o bebê de pezinho ou sentado. Mas o mais importante é incentivar a ele engatinhar bem, inclusive até mesmo depois que a criança aprende a ficar sentado ou de pé.


A fase inicial da vida das nossas vidas é fundamental para o desenvolvimento do cérebro. É quando a maioria das nossas células cerebrais são criadas. O ser humano é um dos poucos animais que nasce com o cérebro pouco formado, o que possibilita aprender novas coisas após o nascimento. Por isso é extremamente importante incentivarmos da melhor forma possível as nossas crianças nessa fase.


Mas se você não fez nada disso, não se preocupe. O cérebro humano é capaz de se adaptar e aprender coisas novas quando a criança está mais velha. Por isso, ler sobre o assunto e entender como o cérebro funciona, com certeza, irá nos ajudar a ajuda-los.


Esse é um assunto que tenho lido bastante ultimamente e postarei mais a respeito. Enquanto isso, a mensagem que deixo para os bebês é “Keep Cralwing!” (Continue engatinhando).

Questionadores Engatinhar

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