Como evitar distrações e ser mais criativo e produtivo

Hoje em dia, somos inundados de informações. Quem tem um celular na mão possui mais informação do que o presidente dos EUA em 1990. Uma pessoa, em média, passa 11 horas do dia interagindo com mídias (principalmente mídias sociais), chega a dar “scroll” em mais de 90m de conteúdo por dia, verifica o celular mais de 30x em uma hora. E tudo isso está mudando o nosso comportamento, estamos ficando cada vez mais distraídos.

O alto volume e a disponibilidade de conteúdo tornou muito fácil a gente perder o foco das coisas. Um estudo feito pela Microsoft em 2015 mostrou que o nosso nível de atenção vem caindo ao longo do tempo.

Em 2000, levávamos cerca de 12 segundos para nos distrairmos com algum estímulo externo. Esse índice caiu para 8 segundos na época do estudo. Não duvido que esse tempo caiu ainda mais agora em 2021.

O que é mais preocupante é que o peixe-dourado leva 9 segundos para se distrair. Ou seja, em termos de atenção já somos piores que o peixinho. Lembro de uma charge que vi a muito tempo atrás, que pode ser uma previsão do futuro rs.

Toda essa distração impacta diretamente na sua produtividade e na sua criatividade.

Para conseguir produzir algo é preciso ter algumas táticas que nos protejam de nós mesmos. Porque não adianta lutar contra o nosso cérebro primata, que agora está mais perto do peixe-dourado rs.

O melhor que você pode fazer é se isolar da distração. Quando for trabalhar em algo que exige concentração (ler um livro também), evite ficar perto do celular, feche a janela do email e o home broker e desligue a TV.

De preferência, fique em um lugar isolado também. Com a quarentena as pessoas aprenderam como faz diferença ter um escritório em casa.

O isolamento físico é uma boa forma de entrar em flow. Por menor que seja o ruído externo, lembre-se que em 8 segundos já perdemos a concentração.

Outra dica para melhorar a criatividade é definir um horário fixo para ter o seu momento criativo. Isso mesmo, criatividade nada mais é do que esforço contínuo. Se você se comprometer a todos os dias criar conteúdo das 8h às 9h, a sua criatividade irá chegar nesse mesmo horário, olha que mágico. A criatividade adora uma rotina também, portanto crie a sua rotina criativa.

E por último, aprenda a eliminar suas fontes de distrações. Ficamos muito empolgados em receber todo quanto é tipo de informação. Queremos ter as últimas notícias. Nos inscrevemos em várias fontes de notícia, canais no Youtube, e-mails, podcasts. E com isso recebemos muito “lixo”, que acabam nos distraindo.

Foque em informações que serão úteis para o seu momento, mesmo que esteja perdendo alguma notícia bombástica ou algum assunto do momento. Se for realmente importante, o assunto irá chegar pelos seus contatos.

Em vez de aumentar o ruído, trabalhe para diminuí-los. Nesse sentido, menos é mais.

Mais foco, mais concentração, mais produtividade e mais criatividade.

Não deixe o peixe-dourado te dominar!

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Quanto custa um ano sabático?

O mercado de viagens evoluiu muito rápido nos últimos anos, tanto com novos modelos de negócios como o Airbnb, como na redução dos preços das passagens aéreas. Não muito tempo atrás, fazer uma viagem internacional era um evento quase que único na vida.

A geração dos nossos pais, em geral, consegue contar nos dedos quantas viagens fizeram antes dos 40 anos. Em compensação na geração dos nossos filhos, já têm crianças trocando o passaporte de tantos carimbos no documento.

Mesmo sabendo que os tempos mudaram, ainda ficamos ancorados nessa percepção de que viagens são eventos raros e caros.

Quando comunicamos que iríamos ficar um ano viajando, foram normais comentários como “Caramba! Você está rico hein!”, “Eita! Tem tanto dinheiro assim?”, “Ganhou na megasena e não contou?”.

A grande verdade é que quando simulamos o custo total da viagem nos surpreendemos e foi o momento em que falamos: “Acho que dá hein!”

Utilizando os cálculos que fizemos, com o dólar a R$4,23 (Oh! Saudades rs), o cálculo considera 11 meses de viagem, passando por 14 cidades para um casal e um filho. Com isso, o custo total da viagem considerando passagens, moradia (Airbnb), alimentação (Mercado e restaurantes) e entretenimento foi de R$160.000,00.

Claro que não é pouca coisa. Mas o valor nos fez refletir bastante. Principalmente porque ele era menor do que havíamos gastado um ano antes morando aqui no Brasil.

Conclusão: É mais barato ficar um ano viajando do que ficar aqui trabalhando. Rs.

Obviamente, essa comparação não pode ser feita, pois existem custos como educação, por exemplo, que um ano sabático não considera, mas que num período mais longo precisaria ser adicionado.

Mas uma reflexão interessante que nunca tínhamos feito foi que a decisão de você morar onde você mora e trabalhar onde você trabalha implica em alguns custos que não temos noção.

O fato de estarmos viajando eliminou das nossas finanças linhas representativas como Escola, Carro (manutenção, gasolina, estacionamentos), Diarista e os custos fixos da casa (Luz, Internet, Gás). Comparando com os custos da viagem, isso representa um percentual considerável. Você sabe quanto gasta por ano por decidir morar e trabalhar aqui?

Como iremos detalhar mais em posts futuros, esse custo total foi bem enxuto, sem muitas mordomias e sem muitos passeios e quase zero de presentes. Mas a nossa motivação era levar uma vida nos moldes do dia a dia no Brasil. Se a sua motivação não for essa, o limite superior é infinito.

O que quero desmistificar é que o custo de uma viagem não é algo de outro mundo, é sim algo possível.

O grande problema, na verdade, não é quanto custa essa viagem e sim como conseguir manter os gastos sem uma fonte de renda. Como se programar para ficar um ano sem salário? Como conseguir renda enquanto não está trabalhando? Mas isso fica para um próximo post.

Agora, o pensamento que quero deixar em você é:

“Nossa! Não tinha essa noção de preço. Acho que dá hein!”

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Deixe nos comentários, esse custo também te surpreendeu? Ou já era algo esperado?

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O caminho da vida plena é uma vida mais intencional

Durante as gravações de um filme, Will Smith estava aguardando a sua hora de gravar. Já eram 3h da manhã, uma madrugada fria e seus familiares e amigos estavam com ele, vendo os outros atores atuando. Então, Will chegou com chocolate quente para todos e começou a contra piadas e a entreter o pessoal. Ele poderia estar descansando e se preparando para a próxima cena, mas em vez disso, decidiu transformar o momento dessas pessoas.

Lendo esse trecho retirado do livro “Limitless” de Jim Kwik me fez pensar como deixamos de ser intencionais na correria do dia a dia. É muito fácil cairmos no piloto automático, fazer as coisas pela inércia.

Um exemplo claro é o tempo que perdemos “navegando” em redes sociais. Navegar é o sinônimo de falta de intencionalidade. Não temos nenhum objetivo quando fazemos isso, estamos operando com o cérebro primata e com as dopaminas no corpo.

A falta de intencionalidade é reflexo da vida cansada.

Agimos sem intenção em vários níveis da vida. Nos relacionamentos, na criação dos nossos filhos, na carreira, nas amizades. Qual foi a última vez que você parou para pensar o que você queria de fato com alguma ação? Não no sentido de interesse pessoal. Na intenção de transformar o momento, assim como fez Will Smith, agir para transformar o dia do seu filho mais alegre ou um jantar com a esposa mais romântico.

Qual foi a última vez que você foi intencional com você mesmo? Como disse Brendon Burchard em “O poder da alta performance”: “Seja mais intencional sobre quem você quer se transformar. Tenha uma visão além das circunstâncias atuais. Imagine você no futuro e comece a agir como essa pessoa.”

Ser intencional é difícil porque precisamos ter objetivos claros e consciência das nossas ações.

Uma forma de ter objetivos mais claros é fazer como Will Smith que possui uma pergunta dominante na cabeça: “Como fazer os momentos mais mágicos?”. Isso faz com que ele pare, reflita sobre o momento e tome uma ação intencional. Pense na sua pergunta dominante, algo que reflita os seus valores nas suas interações.

Ter consciência é algo que venho trabalhando também. E os ensinamentos do budismo são muito interessantes nesse aspecto. No livro “Mindfulness: A Practical Guide to Awakening”, Joseph Goldstein diz “Quando compreendemos claramente o propósito e os benefícios das nossas ações, abrimos a possibilidade de fazermos escolhas sábias. Onde essa ação irá levar? Eu realmente quero ir para lá?”.

Quando paramos para refletir sobre nossas ações, podemos agir de forma sábia, mas que horas paramos para fazer isso no dia a dia? Questione-se!

Falar é muito mais fácil do que fazer. Estou em um processo diário para ser mais intencional. Alguns hábitos, já discutidos aqui e no livro “Cansei! O que fazer para mudar e sair dessa vida cansada” me ajudam a ter mais consciência das minhas ações, mas ainda tenho uma longa estrada a percorrer pela frente.

O caminho para uma vida mais plena começa com uma vida mais intencional.

Então, seja intencional!

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