O pior chefe do mundo

O pior chefe do mundo adora cobrar! Ele acha que a função dele é apenas cobrar. Ele cobra o dia inteiro, principalmente após o horário do expediente. Ele quer que você lembre sempre para quem você trabalha. Ele inclusive gosta de fazer isso no final de semana. Trabalho precisa ser a sua vida, não se esqueça. Ele não sabe desligar!

O pior chefe do mundo não sabe dar feedbacks. Na verdade, ele odeia feedbacks. O que ele gosta é relembrar as suas falhas, divulgar os seus erros. Ele não só lembra dos erros recentes, mas gosta de trazer a tona os seus erros antigos e te cobrar por isso. Erros são justificativas para te punir.

Ele não valoriza o seu trabalho, ele nem presta muita atenção nas suas vitórias. Comemorar as vitórias com o time então, ele não sabe nem o que é isso. Você não fez mais do que a obrigação.

O pior chefe do mundo não te dá oportunidades para mostrar o seu trabalho, porque ele não confia realmente em você, não confia no seu potencial. Ele vê tantos potenciais em outras áreas, ele não quer se queimar na frente dos outros. O ego dele não deixa.

Ao mesmo tempo, ele não tem um plano de carreira para você, ele acha que isso é besteira. Você não precisa ter um plano. Siga a vida e talvez um dia você irá conseguir algo.

O fato é que ele não quer te desenvolver, ele só quer que você continue fazendo o que sempre fez, não mude. Assim ele sabe o que esperar e, principalmente, ele tem o controle. Não questione, não pense muito, mantenha o status quo.

Se você ainda não percebeu, o pior chefe do mundo é você com você mesmo.

Questione-se!

Pare de se cobrar a toda hora! Aprenda com seus erros e pare de ficar remoendo-os.

Celebre as suas vitórias, celebre com quem te ajudou nas conqusitas!

Crie oportunidades e confie em você mesmo.

Tenha um bom plano.

Preocupe-se em se desenvolver e saia da zona de conforto.

Mude!

Não seja o pior chefe do mundo!

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O segredo de todos os truques de mágica

Em 1986, o mágico David Copperfield impressionou o mundo atravessando a Muralha da China. Através de uma estrutura vazada, com alguns panos em volta, podíamos ver a sobra de David entrando na muralha e de repente, boom, não estava mais ali. Os panos são retirados e nada do mágico.

Do outro lado da muralha, uma estrutura parecida estava posicionada, sem os panos. Então os assistentes colocam os panos e podemos ver David tentando sair. Com as sombras, vemos ele sair do outro lado da muralha. Na frente de vários espectadores em uma gravação sem cortes.

A pergunta que ficava na nossa cabeça era COMO?

Todos nós adoramos mágicas. Como seres racionais, tentamos encontrar uma solução lógica para tudo e a mágica desafia a lógica. Ficamos até um pouco irritados por não conseguir descobrir o truque, ficamos curiosos e, em alguns casos, ficamos somente impressionados, pois a mágica faz parecer que o impossível aconteceu.

Sempre gostei de mágicas e tenho alguns truques na manga. Mas o que eu acho mais interessante é o segredo por trás da mágica.

A beleza da mágica é desafiar o senso comum.

Quanto mais improvável for o truque, melhor.

E sabe qual a melhor forma de ser improvável? Ser o mais simples possível.

As mágicas de rua são muito mais impressionantes do que o ilusionismo de palco, pois são feitos com objetos do nosso dia a dia: anéis, cartas, guardanapo, dinheiro, moedas.

Como é que os mágicos podem fazer o impossível sem um palco, sem uma preparação?

Como disse Einstein “Faça as coisas o mais simples possível, mas não a mais simples”.

Por incrível que pareça, o grande segredo de qualquer mágico não é o truque em si. O truque é a parte mais fácil de aprender.

O segredo de uma boa mágica é a prática.

Horas e horas de prática na frente do espelho para a mágica sair com perfeição, com fluidez. É tentar, errar e tentar de novo. É errar tanto que você descobre todas as formas de não fazer o movimento. É tentar tanto que você sabe todos os ângulos que podem destruir a sua mágica.

É treinar tantas vezes a mágica que faz um truque complexo parecer fácil.

“A coisa mais importante sobre a arte é o trabalho. Nada mais importa a não ser sentar todos os dias e tentar.” Steven Pressfield

No final, o mágico não fala quantas horas de suor foram gastas, quantos baralhos foram jogados no lixo, quantas moedas foram jogadas na parede.

No final, o mágico só deixa a dúvida na cabeça da plateia: “Como é que esse maldito fez isso?”

Faça a mágica acontecer! Atravesse a Muralha da China se for preciso. Treine até o ponto onde o espectador pense que é impossível chegar.

O segredo está na prática! Now Watch!!

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Livro - A Guerra da Arte (Steven Pressfield)

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Não perca o ponto

Em um templo budista, um homem a procura de respostas para transcender as suas dores pergunta ao seu mestre:

- Mestre, se eu meditar por 4h por dia quanto tempo eu levarei para transcender?

- Se você meditar por 4h por dia, talvez você transcenda em 10 anos. Diz o mestre.

O aluno esforçado, acha que é muito tempo, então pergunta:

- Mestre, e se eu meditar por 8h por dia?

- Se você meditar por 8h por dia, talvez você transcenda em 20 anos.

- Mas como eu vou demorar mais, meditando mais horas por dia?

- Você não está aqui para sacrificar sua alegria ou sua vida. Você está aqui para viver, ser feliz e amar. Se você puder fazer o seu melhor em duas horas de meditação, mas passar oito horas em vez disso, você apenas ficará cansado, perderá o ponto e não aproveitará a vida. Faça o seu melhor e talvez você aprenderá que não importa quanto tempo você medite, você pode viver, amar e ser feliz.

Às vezes estamos tão obcecados com as nossas metas, nos nossos projetos, que perdemos o ponto.

É paradoxal, mas às vezes não estamos progredindo justamente porque estamos tentando com muito afinco.

A pausa é importante. Aproveitar a vida é importante.

Não perca o ponto!

Conto tirado do livro "Os 4 Compromissos", de Don Miguel Ruiz.

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