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Atualizado: 19 de out. de 2020

Fomos condicionados a pensar que a vida, principalmente no mundo corporativo, é uma competição. Fazemos várias analogias e ppts com imagens motivadoras de esportes, medalhas, pódio. As empresas querem ser as melhores, querem ganhar dos concorrentes nessa corrida.


Como Ler Mais Livros Jogo Infinito

Mas e se em todo esse tempo, descobríssemos que estamos jogando o jogo errado?


No seu livro “Jogos Finitos e Infinitos”, o professor James P. Carse diferencia esses dois tipos de jogos, um onde as regras são bem claras e o objetivo final é compartilhado entre os participantes e o outro, o jogo infinito, não tem um vencedor, o objetivo único é continuar no jogo e perpetuar o jogo. Com esses conceitos em mente, Simon Sinek no seu livro “O jogo Infinito” mostra como o pensamento finito pode ser o motivo do fracasso de várias empresas e os sinais ficam óbvios de se analisarem.


Um episódio que deixou muito claro essa diferença foi quando Simon Sinek foi palestrar na Microsoft, onde ele viu como todos na empresa estavam empenhados em bater a Apple e como eles haviam trabalhado para tornar o Zune um sucesso maior que o iPod.

Logo em seguida, na Apple ele comentou que havia testado o Zune e que realmente era melhor que o iPod e a resposta de um dos diretores da Apple foi: “Muito provavelmente ele é melhor mesmo”.


Como Ler Mais Livros Mentalidade Infinita

Isso mostrava a diferença de mentalidade entre as duas empresas. A Microsoft jogava o jogo Finito, tem um adversário claro e tinha como objetivo ganhar em vendas desse seu concorrente. Já a Apple pensava com a mentalidade infinita, não tem um fim, ela queria sempre inovar para continuar no jogo.


E isso faz toda a diferença porque a mentalidae define a cultura da empresa.

“A cultura come a estratégia no café da manhã” - Peter Drucker

Casos como o da Kodak e da Xerox, mostram como ser líder de um produto e se agarrar a esse pensamento podem levar gigantes à falência. Como eles ganharam a corrida dos concorrentes, não encontram motivos para se reinventarem. A Kodak chegou a inventar a câmera digital, mas a cultura da empresa impediu que fosse dada a devida atenção ao projeto.


A grande maioria das empresas hoje ainda estão com a cabeça no jogo finito, basta ver como a missão da Garmin, que era: “Seremos o líder global em todo mercado em que servirmos, e nossos produtos serão procurados devido a seu design atraente, sua qualidade superior e seu maior valor agregado.” se assemelha muito com a de diversas empresas, muito provavelmente com a da sua.


Como Ler Mais Livros Foco No Longo Prazo

No jogo finito, o foco sempre é no curto prazo, nos resultados financeiros, nas altas, nas vendas. No jogo infinito, o foco é no longo prazo, no relacionamento com os clientes, com os fornecedores e com a sociedade, o resultado faz parte do jogo, mas não é o foco principal, porque sem os outros elementos é impossível continuar no jogo por muito tempo.

"Um negócio que nada faz além de ganhar dinheiro é um péssimo negócio." - Henry Ford

Por isso, implementar temas como Experiência do cliente é tão desafiador em algumas empresas, decidir entre relacionamento e receita depende da mentalidade finita ou infinita dos tomadores de decisão.


Será que a Apple, retirando os acessórios do iphone 12 começou a entrar no jogo finito? Ou está se preparando para uma nova disrupção?


No nível pessoal, não temos ainda uma forma de continuar no jogo infinitamente, mas a mentalidade finita se desperta na forma de ego. Quando suas metas estão atreladas a ser melhor do que alguém, ou ter mais coisas do que alguém, a sua felicidade está fadada ao fracasso. Pode ser útil para te motivar a chegar ao objetivo final, mas assim que conseguir você perderá o seu norte ou irá parar de se reinventar.

"Viver nossa vida com mentalidade infinita significa que somos movidos a fazer avançar uma Causa que é maior que nós mesmos" - Simon Sinek

Questione-se se a sua empresa tem um prazo de validade. Questione-se se você está contribuindo com essa mentalidade finita. Questione-se se você tem objetivos finitos.

E pare de jogar o jogo errado!

Como Ler Mais Livros Pare de Jogar o Jogo Errado

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  • 14 de out. de 2020
  • 4 min de leitura

Encontrar aquele conhecido da escola, ficar meia hora conversando e não se lembrar do nome da pessoa. Deixar a chave do lado de fora da casa. Voltar do supermercado com várias compras, menos aquela mais importante. Chegar à escola no dia da festa, sem o bolo do seu filho. Não se lembrar da data de namoro ou de casamento. Ficar acessando o calendário do Google para lembrar-se dos compromissos. Uma lista de coisas que vivem acontecendo na nossa vida e geram muito estresse somente porque não temos uma boa memória.


Ler Mais Livros Lembrar do nome das pessoas

No post anterior, comentei como o avanço tecnológico tem influenciado negativamente a nossa memória. Memorização, na antiguidade, era uma matéria obrigatória. Não existiam cópias de livros, eles precisavam ser decorados. Por isso o “Como” memorizar era tão importante quanto “O QUE” memorizar.


Se você é um questionador e quer continuar com uma boa memória independente do rumo da tecnologia, algumas dicas desse passado tiradas do livro “Moonwalking with Einstein” podem ajudar:


1) O cérebro humano memoriza o contexto muito melhor do que palavras


Esse é um dos motivos pelos quais não temos muitas memórias de antes dos 3 anos, ou nenhuma, pois antes dessa idade não aprendemos a contextualizar as coisas.


Ler Mais Livros O paradoxo Backer

Um experimento que demonstra isso é conhecido como “o paradoxo de Backer”. Mostrando a mesma foto para 2 grupos diferentes, um onde o nome da pessoa era Backer e no outro grupo onde a pessoa da foto era um backer (padeiro em inglês), a identificação da foto pelo segundo grupo foi muito superior.


A imagem de um padeiro é mais sinestésica, te faz lembrar o cheiro do pão, sentir a textura da farinha, é muito mais fácil de resgatar da memória.


Por isso, quando precisar lembrar-se de algo, coloque em algum contexto que remeta ao tema.

2) Como se lembrar do nome das pessoas? Use a fonética do nome para associar com algo bizarro


Sabe aquela brincadeira de dar apelidos da quinta série? Volte a fazer se quiser melhorar a memória, mas dessa vez de forma sistemática. Aposto que existem várias pessoas que você se lembra do apelido, mas não tem mais ideia do nome.


A melhor forma de lembrar-se de um nome é criar essa associação e quanto mais engraçada ou bizarra for, melhor. Um exemplo é com o meu nome, Gelson. Lembre-se deu pote de gel de olhos puxados andando de mãos dadas com o pai, seria o filho do Gel. Gel- Son japonês.


Faça o exercício com a próxima pessoa que conhecer, mas não conte a sua associação, pode não ser muito bem aceita rs.

3) Como se lembrar de datas importantes? Transforme números em imagens


Sequência de números são péssimos para serem memorizados, por isso temos tanta dificuldade em lembrar da data de aniversário de casamento rs. A dica é associar cada número com uma pessoa fazendo uma ação.


Para as datas, você vai precisar memorizar 10 personagens, do 0 ao 9. E depois criar esse cenário com os personagens e o evento que precisa memorizar.

Um exemplo, se a data de hoje (14/10/20) fosse a data do seu casamento. Você precisaria decorar os números: 0,1,2 e 4. Poderia escolher os seguintes personagens:


· 0 = Darth Vader usando a força

· 1 = Michael Jordan pulando para a cesta

· 2 = Mônica, da turma da Mônica, rodando o Sansão

· 4 = Ronaldinho Gaucho fazendo embaixadinha


Com isso, você sempre mistura as imagens em pares. 14 vira Michael Jordan fazendo embaixadinha, 10 vira Michael Jordan usando a força e 20 vira Mônica usando a força.

Ler Mais Livros Como lembrar de datas importantes

Para memorizar pense você entrando no seu casamento e quando olha no altar está o Jordan fazendo embaixadinhas. De repente, você vê que o próprio Jordan está usando a força para empurrar alguma madrinha. Essa madrinha é a Mônica, que também está usando força para se proteger. Pronto. Se você visualizou a cena, você vai se lembrar por um bom tempo.

E com a prática vai fazer isso com mais rapidez e irá guardar por um tempo mais longo também. Experimente.

4) Como se lembrar da ordem das coisas? Use o palácio


Um método conhecido como Loci e mais popularmente como Palácio de memórias é muito utilizado para memorizar coisas que dependem de uma ordem, como uma apresentação ou uma lista de coisas a fazer no dia.


A estratégia é se lembrar de um local muito familiar, um lugar onde você conheça nos mínimos detalhes, a sua casa ou a casa onde você passou a sua infância. Então você percorre a sua casa desde a entrada até algum ponto e no caminho você vai enxergando os elementos da lista. De novo, deve transforma-los em imagens engraçadas e bizarras.

Um exemplo, sua lista de coisas para fazer no dia consiste em 4 coisas: Levar um bolo para escola do seu filho, enviar relatório para o seu chefe, comprar carne no mercado e pagar o boleto do condomínio.


Ler Mais Livros Palácio das memórias

Imagine você entrando na casa e dando de cara com seu filho jogando um bolo na cara da professora, bolo voando para todo o lado, você desvia da sujeira dando risada e quando chega na sala tem uma caixa de correio gigante e uma pilha de folha que representa o seu relatório. Você fica assustado com o trabalho que vai ter e vai para a cozinha. Lá você vê o Walter Mercado com um pedaço de carne sangrando na mão e dizendo “ligue djá!”. Cansado dessas loucuras, você vai para o quarto e encontra um boleto na sua cama te esperando de cinta liga. Que loucura!


Agora feche o olho e tente reproduzir a cena de novo. Muito mais fácil do que uma lista com itens sem relação. Claro, que no começo será difícil ter tanta imaginação, mas com a prática isso será quase instantâneo.


Essas são algumas técnicas que irão te ajudar a melhorar a sua memória, mas lembre-se que memória é como um músculo. Então não adianta apenas conhecer os métodos, precisamos treinar.


Ler Mais Livros Desafio Memorização

Por isso irei começar um desafio. Em 30 dias irei decorar 1 deck inteiro de cartas, usando a associação de números e o palácio de memórias. 15 min por dia praticando por 30 dias. Postarei o resultado no Instagram “Lermaislivros.site”.

E aí? Quer encarar esse desafio?


Como está treinando a sua memória? Questine-se!



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  • 11 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

A tecnologia está muito ligada à melhoria da qualidade de vida das pessoas. A tendência de ligar uma coisa com a outra é tão forte, que muitas vezes nem pensamos se de fato a nova “invenção” realmente traz benefícios. Muitas coisas mudaram a vida humana para pior e mesmo assim se tornaram extremamente populares.


Ler Mais Livros Tecnologia destroi sua memória

No livro “Sapiens”, Yuval Harari conta com a revolução agrícola, por exemplo, transformou o mundo, mas de certa forma estragou a alimentação rica dos caçadores-coletores, que era diversificada e a base de proteína e gordura e mudou para uma alimentação à base de carboidratos (grãos, principalmente, trigo e milho), que nos influencia até hoje. A agricultura foi uma invenção que facilitou a vida do homem, mas não podemos dizer que foi um sucesso em todos os sentidos.


Outro exemplo que gosto de usar é do patinetes (saudades de andar de patinete né, minha filha!). Muitas pessoas começaram a trocar as caminhadas para o trabalho pelos famosos patinetes eletrônicos só porque eram “cool”, mas estavam perdendo talvez a melhor oportunidade de se exercitar durante o dia e tomar uma dose vitamina D. E ainda gastavam dinheiro com isso.


Tudo isso para exemplificar como precisamos nos questionar sobre o poder das tecnologias. Uma das invenções que está influenciando a mente das pessoas e ninguém está percebendo é a Memória externa, atualmente disfarçada no seu celular e no nosso amigo Google.


Ler Mais Livros Usávamos muito mais a memória

Todos nós temos consciência que usávamos muito mais a memória (se você nasceu antes de 1990). Decorávamos lista de telefones importantes, datas de aniversário, até nomes de ruas. Uma pesquisa na Inglaterra, mostrou que um terço das pessoas não sabem o próprio número da linha fixa de casa sem olhar no celular e 30% não se lembram de mais de 3 aniversários de pessoas próximas.


Aparentemente ter uma memória externa é muito útil. Não precisamos ficar guardando tanta informação e temos, agora, espaço para guardar informações mais importantes. Será?


Aprendendo com profissionais da mente, competidores de concurso de memória, vemos que a memória é muito parecida com um músculo. Quanto mais você utilizar, mais forte ela fica. Inversamente, se você não utilizar, ela atrofia. Conclusão, dependeremos cada vez mais da nossa “memória” externa.


E quais as implicações disso?


Ler Mais Livros Sem memória é difícil começar a ler

Primeiro, impactando diretamente o objetivo do Ler Mais Livros é que a memória fraca é inimiga de quem quer começar a ler livros. Pense naquela experiência de ler mais de 200 páginas de um livro e não conseguir guardar nada. Desmotivador. Esse é um dos motivos pelas quais as pessoas acabam desistindo de ler, pois gastam o seu tempo e não absorvem nada. É como assistir toda a trilogia Crepúsculo rs. Quem é o louco para continuar fazendo isso?


Segundo. A criatividade surge quando ligamos pontos previamente não conectados, mas se não podemos nos lembrar de quais pontos existem, não conseguiremos ligar nada. O processo criativo depende da memória.

“A criatividade, de certo modo, é uma memória futura” Joshua Foer

Além disso, qualquer tipo de análise crítica também depende do que você conseguiu armazenar sobre algum assunto. É impossível criticar (de forma inteligente e construtiva) se você não tiver um histórico de pensamentos.


Não é de se surpreender que análise crítica e criatividade são duas das maiores características procuradas no mercado de trabalho atualmente, pois são habilidades que estão ficando cada vez mais escassas e a culpa pode ser pela nossa falta de memória.


Como podemos melhorar e escapar dessas armadilha? Fica para um próximo post.


Enquanto isso. Questione-se! Exercite a sua memória sempre que possível e pare de depender tanto das novas tecnologias.


Ler Mais Livros Questione-se e não dependa tanto da tecnologia

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